quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Projeto leva alunos ao cinema pela primeira vez

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Para muitas pessoas ir ao cinema é um atividade corriqueira, mas para outras é uma oportunidade singular. É assim que Valéria Marcondes, idealizadora do “Vamos ao cinema”, define o projeto. O Vamos ao Cinema nasceu há três anos e leva estudantes da rede pública de ensino para assistir a um filme que seja lançamento. FONTE: JORNAL DE BRASILIA 30/08

A ideia nasceu quando Valéria estava trabalhando em uma mostra que exibia filmes com auto-descrição. No final do filme, ela contou que um senhor disse - eu gostei da ideia, mas queria ter visto Harry Potter. “Foi aí que eu me toquei e vi que o que eu quero nem sempre é o que as pessoas querem. Então resolvi montar este projeto e proporcionar a pessoas que nunca foram ao cinema a oportunidade de ver um filme que acabou de ser lançado”.

Nesta terça-feira, estudantes dos centros educacionais 01 e 03 do Guará foram até o Shopping Pier 21 para assistir ao filme Planeta dos Macacos - A Origem. A experiência é vivida de forma completa pelo alunos. Eles entram na sala e tem direito a pipoca e refrigerante, tudo para que a imersão seja total.

Nesta exibição, foi necessária a abertura de duas salas de cinema. Ao todo 450 estudantes assistiram ao filme. “Nesses três anos nós levamos 6,5 mil pessoas ao cinema, a ideia é que a gente consiga levar esse número por ano”, comenta Valéria.

Essa foi a primeira vez que a estudante Márcia Lopes, 15 anos, foi ao cinema. Ela conta que gosta de filmes, mas que sempre viu em casa, pois nunca teve a oportunidade de ir até uma sala. “Achei muito legal. É uma experiência boa”, diz. Os colegas de Márcia também aprovaram a saída. A aluna Evelin Suelen da Silva, 16 anos, costuma ir ao cinema, mas diz que sair da escola para assistir a um filme em outro lugar é uma oportunidade de interagir com os colegas. “Dentro da escola fica tudo muito monótono. E aqui é bom porque nós podemos compartilhar com os nossos amigos”, fala.

Após a sessão os alunos viram um palestra da cineasta e pesquisadora Daniela Marinho. Ela contou aos estudantes algumas curiosidades do cinema na década de 1960, falou sobre a profissão e estimulou os alunos a tentarem produzir seus próprios filmes. “Esse é um projeto fundamental porque na sala de cinema é diferente de assistir um filme em casa ou na sala de aula”, pontua. Daniela diz também que, além de proporcionar uma experiência coletiva, este tipo de projeto estimula a fixação do conteúdo pelos alunos.

O estudante Elton Matias, 17 anos, disse que frequenta o cinema, mas que nunca tinha ido a este shopping. Ele também aprovou a ideia do projeto. “É legal porque a gente pode sair da rotina e conhecer outros lugares”, conta.

Segundo Valéria, o objetivo é expandir o projeto no Distrito Federal e, depois para outros estados. “Nós estamos tentando por meio de parceiros levar o projeto também para Curitiba. Queremos também complementar com site, blog e ideias de programas que podem ser feitos com custo zero”.

A exibição do filme de ontem pode ter sido o último deste ano, mas Valéria garante que o projeto volta no ano que vem.

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JOSÉ SIMÃO. Líbia Urgente! Pegaram o Cauby!

E o Kagadafi? Se ele escapar vivo, vai fazer o quê? Cover do Cauby! E se eu fosse o Cauby, me escondia Fonte: folha.uol.com.br 31/08

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Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta: "Casal é detido por praticar sexo no meio da rua em Rolândia". No Paraná! E esta direto de Colombo, também no Paraná: cassado o vereador Aloísio da Ambulância. E quem assume? O suplente Luiz Mecânico! Rarará!

E já tem tanto morto se filiando ao partido do Kassab que o PSD vai virar Partido Social dos Defuntos! Rarará! E o efeito Anderson Silva! TV Itapoan: "Luta livre! Mulheres trocam soco no meio da rua!". UFCRio de pobre! O site Mano Urbano está lançando o UFC pra pobre: UBC! ULTIMATE BARRACO CHAMPIONSHIP! Briga na rua. E de graça!

E o Gaddafi? O Kagadafi? Se ele escapar vivo, vai fazer o quê? Cover do Cauby! E se eu fosse o Cauby, me escondia. Do jeito que tão aumentando a recompensa, vão acabar pegando o Cauby! Rarará! Vai cantar "Conceição" no deserto!

E esta do Sensacionalista: "Voz de Justin Bieber começa a engrossar e ameaça shows no Brasil". Ainda bem que eu não comprei ingresso! Rarará!

E mais dois predestinados. Estrategista de vendas da Adidas: Alexandre MOEDA CARA! É verdade! A família Moeda Cara é uma família grande. Já imaginou os irmãos do Moeda Cara? Tem o Euro, o Yuan, a Libra e tinha o Dólar, mas morreu. Rarará!

E em Sumaré tem um juiz de casamento chamado: José Lins PHENIS! Phenis para promover phodas! E eu já descobri qual o tema social da novelha Fina Estampa de Bueiro: mulher que apanha do marido. Lei Maria da Penha. Ou como disse aquela mulher numa rádio na Bahia: Lei Maria Apanha. Rarará!

E esta que eu encontrei num site de concursos profissionais: "Vaga para açougueiro no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto"! Rarará!

E atenção! Contagem regressiva! Três, dois, um, ZERO! Alforria decretada! Entro em férias. Ueba! E não quero ouvir ninguém gritando: "De novo?!". Todo mundo tira férias e todo mundo fala: Aproveita! Divirta-se". Quando eu tiro férias, todo mundo grita: "De novo?!". Rarará!

E como dizia o Andy Warhol: "Quando nós nascemos, somos sequestrados pelo sistema". Então, pela lei antissequestro, entro em férias.Rarará! Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

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FERNANDO RODRIGUES. O decoro que falta Fonte: folha.uol.com.br 31/08

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BRASÍLIA - Como até os azulejos de Athos Bulcão na Câmara dos Deputados já previam, foi absolvida ontem Jaqueline Roriz. Eleita no ano passado pelo PMN de Brasília, ela ganhou notoriedade em março último quando ficou conhecida uma gravação na qual aparece recebendo um maço de dinheiro.

Para salvá-la da cassação, a maioria dos deputados levou em conta que as imagens eram de 2006. Portanto, de antes do exercício de seu mandato.

Ao abraçar esse sofisma, a Câmara desce mais um degrau na escala de sua credibilidade. Embora tenha ocorrido em 2006, é verdade, o fato só ficou conhecido neste ano. São de agora os seus efeitos e o dano para a imagem do Poder Legislativo. E o pior de tudo: os eleitores de Jaqueline Roriz a escolheram sem ter acesso a essas imagens.

Pela lógica torta dos deputados pró-Jaqueline, nada deveria acontecer se a Câmara descobrisse hoje que um de seus integrantes cometeu há dez anos um assassinato ou crimes de pedofilia. Se foi no passado, tudo está perdoado.

Não é a primeira vez que o espírito de corpo prevalece no Congresso. Essa tem sido a praxe. Alguns ali argumentam até sobre a necessidade de transferir para o Supremo Tribunal Federal o poder de julgar processos como o de Jaqueline Roriz. Seria uma saída macunaímica. Um misto de preguiça, covardia e falta de responsabilidade.

A laborfobia dos deputados se expressa nos cerca de seis meses gastos na análise de imagens autoexplicativas. Daí para a falta de coragem é um pulo. Por fim, terceirizar o julgamento equivale a produzir uma crise política com data marcada. Na primeira cassação via STF o Congresso se insurgiria.

Qual é problema de um deputado votar para cassar um colega flagrado recebendo dinheiro? Nenhum. A não ser quando o próprio político teme ser o próximo réu. Nessas horas, o decoro que falta protege todo tipo de desvio.

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Não há transparência sem fiscalização

RANDOLFE RODRIGUES E ANDRÉ LAZARONI

Nossa intenção com as CPIs do Ecad é ir a fundo nos problemas que relatamos, o que não se confunde com a ideia de acabar com tal órgão Fonte: folha.uol.com.br 31/08

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Pesquisa realizada por Alexandre Negreiros, professor da UFRJ, revela que, entre 136 países, o Brasil é um dos 14 que, ao lado de nações como Quirguistão, Egito e Congo, não exercem fiscalização sob o processo de arrecadação e distribuição dos direitos autorais.

No Brasil, o Conselho Nacional de Direitos Autorais foi extinto na década de 90. A partir dessa extinção, criou-se um vazio administrativo e institucional que se reflete nas inter-relações da classe artística com as associações, e destas com o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

Os resultados são incontáveis disputas judiciais. O Ecad é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, baseada na lei federal nº 5.988/73 e mantida pela lei nº 9.610/98; daí origina-se seu caráter de organização social, não de empresa privada.

Portanto, é difícil entender por que existem nessa entidade "lucros" que muitas vezes são distribuídos entre sua diretoria executiva, enquanto há queixas de diversos compositores que reclamam o seu direito e não são atendidos.

Atualmente, o Ecad é constituído por nove associações, mas apenas seis delas têm poder de voto em sua assembleia geral, que define os valores e as regras de arrecadação e distribuição dos direitos.

Os depoimentos nas CPIs do Senado e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro demonstram que associações que outrora fizeram parte do Ecad foram abruptamente excluídas ao questionar o seu funcionamento, sem maiores explicações e justificativas.

Muitos são os motivos para investigar o Ecad. Citemos o caso do motorista de Bagé que "recebeu" cerca de R$ 130 mil sem, nas suas próprias palavras, "saber tocar nem uma gaita". Em depoimento na CPI, ele deixou claro que seu nome foi utilizado de má-fé em um esquema de falsidade ideológica para privilegiar quem se vale de "facilidades" para usurpar o dinheiro do compositor brasileiro.

O Ecad já passou por investigações nas Assembleias do Mato Grosso (em 1995), de São Paulo (em 2007) e na Câmara dos Deputados (em 1996). Todas elas relataram fatos como formação de cartel e falta de transparência na distribuição dos recursos aos autores.

Recentemente, a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça condenou o Ecad por formação de cartel. A investigação desse órgão é de interesse público, sim, pois existe um monopólio legal em que quem paga e recebe não tem a opção de escolher outro escritório; por conta disso, praticam-se preços abusivos, não observados em outras atividades de consumo.

Inúmeros estabelecimentos comerciais, tais como academias, hotéis e cinemas, pagam ao Ecad; portanto, quem se utiliza deles paga indiretamente ao órgão.

Desse modo, o interesse não se resume ao Ecad, e sim a todos que são direta ou indiretamente envolvidos. Não se trata de luta partidária, mas de uma luta de todos aqueles que prezam pelos direitos dos compositores brasileiros.

Nossa intenção com as CPIs do Ecad é ir a fundo nos problemas que relatamos, o que não se confunde com a ideia de acabar com o Ecad ou com a arrecadação em torno dos direitos autorais no país.

Pelo contrário, trata-se de defender os autores brasileiros, exigir transparência nos processos, defender um órgão com legitimidade para cobrar os inadimplentes e propor ao Estado uma instituição fiscalizadora que defenda os interesses da cultura nacional e de todos os que nela estão envolvidos.

Como disse em recente depoimento na CPI do Senado o cantor e compositor Ivan Lins, "não há transparência sem fiscalização", e é isso que buscamos com os trabalhos das comissões.

RANDOLFE RODRIGUES é senador (PSOL/AP) e preside a CPI do Ecad no Senado.

ANDRÉ LAZARONI é deputado estadual (PMDB/RJ) e preside a CPI do Ecad na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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Biblioteca Nacional incentivará produção de livros populares

Presidente Dilma vai anunciar o projeto amanhã, na abertura da Bienal do Livro Fonte: folha.uol.com.br 31/08

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A presidente Dilma Rousseff anuncia amanhã, na abertura da Bienal do Livro do Rio, programa de incentivo à produção de livros que custem até R$ 10.

A primeira ação do projeto Livro Popular será criar um cartão-livro, que distribuirá R$ 35 milhões para bibliotecas públicas até o fim do ano.

De acordo com o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, na primeira etapa do programa as editoras serão chamadas a participar de um edital. Elas dirão quais obras poderão oferecer dentro da faixa de preço do programa.

Em seguida, serão publicados dois editais, um para lojistas e distribuidores e outro para bibliotecas públicas.

As bibliotecas públicas deverão se inscrever mostrando interesse em comprar as obras para reforçar seu acervo por meio do cartão-livro.

Amorim afirma que o governo também não interferirá na escolha dos títulos.

Segundo ele, com este modelo, o governo mostrará ao mercado que vale a pena apostar em livros populares, com maior possibilidade de produção em larga escala.

Amorim afirma que o programa ajudará o mercado a se preparar também para a injeção de recursos que virá com a aprovação do Vale Cultura, projeto de lei em tramitação no Congresso que poderá injetar até R$ 7 bilhões (dinheiro que poderá ser usado na compra de livros) no mercado via renúncia fiscal.

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Greves e protestos por reajustes salariais se intensificam no RS

Sindicatos reclamam de promessas não cumpridas pelo governador Tarso Genro . Fonte: folha.uol.com.br 31/08

Estradas fechadas com barricadas, piquete em órgãos públicos e protestos no palácio de governo.

Historicamente ligado a sindicalistas, o governador Tarso Genro (PT) já enfrenta sua primeira greve no comando do Rio Grande do Sul e vê um aumento da radicalização de diversas categorias que pedem reajustes.

Sindicatos reclamam de promessas de campanha não cumpridas. Os servidores da Procergs (estatal de processamento de dados) estão em greve há uma semana.

Policiais da Brigada Militar têm feito bloqueios em rodovias com pneus queimados. Na educação, a principal reivindicação é o pagamento do piso nacional aos professores. O sindicato também ameaça greve.

Servidores do Judiciário e do Ministério Público pararam as atividades até hoje.

O sindicalista que lidera a paralisação na Procergs, Ormar Rosa, diz que a eleição do PT gerou uma expectativa de mudança na "estrutura corroída" do funcionalismo. "Uma série de setores de dentro do Estado está com salários defasados", diz.

O sindicato diz que a paralisação dos técnicos pode comprometer a normalidade do sistema de dados do Estado, como sites públicos. O governo nega e diz que a situação está sob controle devido à baixa adesão.

Diz, ainda, que vai priorizar as negociações com os professores e os policiais.

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INSTRUMENTAL »

Suave duo

Eles se admiravam mutuamente, mas nunca haviam tocado junto. Em 2008, ao participarem do festival Canto de primavera, em Pirenópolis, quando comandaram oficinas instrumentais, o pianista Gilson Peranzzetta e o violonista Nelson Faria formaram um duo e se apresentaram no teatro da vizinha cidade goiana. O resultado agradou tanto que eles decidiram juntar os talentos no disco Buxixo, cujo repertório serve de base para o show que eles fazem, de hoje a sexta-feira, às 21h, no Clube do Choro. Fonte: correioweb.com.br 31/08

Álbum lançado pelo selo carioca Delira Música, Buxixo reúne 12 temas. Peranzzetta diz que as composições de sua autoria já haviam sido gravadas em outros discos. “Especialmente para esse trabalho, compus com o Nelson Caindo no choro e a bossa canção Rua Bougainville. Há ainda os clássicos Doce de coro (Jacob do Bandolim) e Estamos aí (Maurício Einhorn, Durval Ferreira e Regina Werneck).”

O encontro desses dois grande instrumentistas resulta em sonoridades peculiares, timbres e suavidades que conduzem à emoção. No palco, eles tocam em duo, fazem solos, trocam funções e buscam novas dinâmicas e texturas musicais. Ora a mão esquerda do piano busca os baixos e desenha a harmonia para que o violão evolua, ora, o violão serve de apoio para solos e desenhos do piano, proporcionando algo que beira a magia.

Pianista, compositor, arranjador, maestro e produtor, Peranzzetta é considerado um estilista da música. Embora tenha trabalhada com meia MPB — de Elizeth Cardoso a Gonzaguinha, de Roberto Menescal a Gal Costa —, foi com o parceiro Ivan Lins, de quem esteve ao lado na fase mais produtiva, que se tornou conhecido do grande público.

Há mais de 20 anos, tem duos com o flautista e saxofonista Mauro Senise, e com o violonista Sebastião Tapajós, além de trio formado com o baixista Zeca Assumpção e o baterista João Cortez. Dono de sólida carreira no exterior, possui músicas gravadas por ícones do jazz, a exemplo de Sarah Vaughan, Quincy Jones, George Benson, Patti Austin, Diane Schuur e Toots Thielemans.

Anualmente, Peranzzetta apresenta-se nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. “Em junho, estive na Holanda, onde, com Mauro Senise, participei da gravação de um CD de Edu Lobo e da Orquestra de Amsterdã. Foram registradas 22 músicas do Edu. O disco será lançado no mercado europeu”, conta. Recentemente, saiu o álbum 100 anos de Noel Rosa (Biscoito Fino).

Brasília íntima

Mineiro, que iniciou a carreira em Brasília, na década de 1980, Nelson Faria teve passagem pela Escola de Música e pelo Departamento de Música da UnB. Recebeu aulas particulares de Sidney Barros (mestre Gamela), que despertou nele o gosto pelo estilo chord melody. Em 1983, seguiu para Los Angeles (EUA), onde foi aluno de Joe Pass, Joe Diorio, Frank Gambale e Scott Henderson.

De volta à capital, integrou grupos de jazz e fez parte das bandas que acompanhavam Cássia Eller e Zélia Duncan. Já radicado no Rio de Janeiro, tocou com Paulo Moura, Wagner Tiso, Toninho Horta, Tim Maia, Milton Nascimento e Edu Lobo. O guitarrista já se apresentou em vários continentes — dos Estados Unidos à Alemanha, da Colômbia a Israel, de Portugal à Indonésia — quase sempre tomando parte em festivais. Em janeiro do ano passado, radicou-se na Suécia, onde é professor convidado da Örebro Universitet, Ingesund Universitet e KMH.

Nelson Faria tem nove discos lançados, sendo três individuais. Um deles é o Beatles, um tributo brasileiro. “Meu CD mais recente, de produção independente, gravei ao vivo com uma big band de Frankfurt, na Alemanha, em 2010. Levarei exemplares para autografar depois do show com o Peranzzeta, no Clube do Choro, um palco onde todo músico se sente em seu habitat natural”, anuncia.

Gilson Peranzzetta e Nelson Faria

Show do pianista carioca e do violonista mineiro, de hoje a sexta-feira, às 21h, pelo projeto Clube do Choro do Brasil. No Clube do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães). Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Informações:

3224-0599. Não recomendado para menores de 14 anos.

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ARTES CêNICAS » Ventilador de teatralidades

Na segunda semana do Cena Contemporânea, espetáculos mostram tendências estéticas múltiplas Fonte: correioweb.com.br 31/08

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O roteiro do festival Cena Contemporânea se encerra no próximo domingo, com o show da dupla portuguesa Maria João e Mário Laginha, na Praça do Museu Nacional Honestino Guimarães do Complexo da República. Mas até lá muitos espetáculos prometem instigar a plateia e lotar os teatros de Brasília. A variedade abarca grandes nomes do teatro, como Depois do filme, com Aderbal Freire Filho, montagens já consagradas em suas cidades de origem, como a peça O jardim, da Cia. Hiato, e produções de países como Polônia.

Hoje, às 19h, no Teatro II do CCBB, tem a segunda apresentação da peça Depois do filme, que marca o retorno de Aderbal aos palcos, após 10 anos de afastamento. A montagem, escrita e dirigida por ele, retoma o personagens Ulisses, que Aderbal interpretou em Juventude, filme de Domingos de Oliveira. Ao ter que lidar com o próprio envelhecimento, Ulisses fica obcecado por uma pretensa juventude, cheia de amigos mais jovens e visitas a lugares que marcaram seu passado. O ator, diretor e dramaturgo interpreta todas as personagens da trama, que, apesar de ficcional, tem componentes autobiográficos. Os ingressos estão esgotados.

Quem também chega à cidade com dois espetáculos do repertório é o grupo carioca Foguetes Maravilha, composto por Felipe Rocha e Alex Cassal. O primeiro deles, Ninguém falou que seria fácil, terá sessões hoje e amanhã, às 21h, no Teatro I do CCBB. O enredo lança mão de questões familiares para abordar as diferentes maneiras de contar uma história. “São cenas soltas e o espectador junta o quebra-cabeça dessas relações, que refletem sobre o que é estar casado com uma pessoa, ser irmão de outra, ser pai de uma terceira”, avisa Felipe Rocha. Os ingressos estão esgotados.

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O outro espetáculo do grupo, que será encenado na sexta-feira, às 19h, no Teatro II do CCBB, radicaliza na pesquisa de linguagem. Ele precisa começar, estreia do ator no texto dramatúrgico, é calcado no desejo de ser autor: a história trata de um homem encerrado em um quarto de hotel, tentando redigir as primeiras linhas. Nesse processo, ele perde a sanidade e vive aventuras à la agente 007.

“Tinha vontade de escrever, mas não tinha uma bandeira, algo que me mobilizasse. Então, em um dia ocioso de uma temporada, num quarto de hotel, escrevi sobre a vontade de escrever”, revela Rocha. No decorrer da encenação, os papéis de ator, diretor e espectador se invertem. Ainda há ingressos.

Proposta premiada

Em sua terceira montagem, batizada de O jardim, em cartaz de amanhã a sábado, às 20h30, no Pavilhão de Vidro do CCBB, a Cia. Hiato já coleciona prêmios. A segunda produção, Escuro, foi indicada a cinco categorias do prêmio Shell e abocanhou três. O jardim está na briga por três troféus desta edição do prêmio, e também em mais três categorias da premiação oferecida pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Depois da temporada paulistana, antes de aportar no Rio de Janeiro, a montagem faz uma parada no Cena Contemporânea.

No palco, em formato de semiarena, três histórias paralelas se desenrolam e o espectador acompanhará uma delas, dependendo de onde se sentará. “As cenas são divididas por caixas. Elas vão caindo, o cenário vai se desfazendo e revelando a simultaneidade”, explica o diretor, Leonardo Moreira. O carrossel de memórias relata tempos distintos da história de uma mesma família, em uma dramaturgia construída com base na experiência dos atores. Os ingressos estão esgotados.

Na reta final da programação, o festival ainda guarda boas surpresas internacionais. De hoje a sexta-feira, os poloneses do coletivo 52º43’N 19º42’E Project apresentam Carson city, em cartaz às 20h, na Caixa Cultural. Depois de seis meses de workshop, pesquisa nos registros policiais, documentários, livros e filmes, a trupe levou para os palcos o american way of life. O nome da peça é inspirada em uma cidadezinha padrão dos Estados Unidos que foi palco, na década de 1920, de um assassinato na câmara de gás. Desde então, a aparente tranquilidade é afetada pelo peso opressivo da morte.

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MEMÓRIA » Pelos mares do Brasil

Exposição inaugura a sede do Iphan e passeia pela história cultural da embarcação no país Fonte: correioweb.com.br 31/08

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O Brasil tem 8 mil quilômetros de litoral e é considerado o país mais rico em variedade de embarcações. São tantos formatos e funcionalidades que é possível classificá-los segundo a região, o uso e a cultura local. A diversidade é um dos temas de Barcos do Brasil, exposição que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abre hoje para inaugurar as instalações da sede na Asa Sul.

O prédio tem galeria destinada a exposições relacionadas ao patrimônio, biblioteca e espaço para, no futuro, abrigar lojinha e café. O Iphan quer aproximar a instituição do público e acredita que pode atrair as pessoas com espaços comuns e de acesso fácil. Batizada de Sala Mario de Andrade, o espaço será reservado para mostras do próprio Iphan, mas também aceita propostas externas.

Barcos do Brasil reúne 80 réplicas de embarcações brasileiras da Coleção Alves Câmara Século 21, uma iniciativa do Museu Nacional do Mar de São Francisco do Sul para resgatar o patrimônio naval brasileiro. O museu contratou especialistas em modelismo de barcos para reproduzir as peças de acordo com os originais. Muitas dessas embarcações estão extintas e datam de séculos passados, o que levou os pesquisadores do museu a realizar extensa investigação iconográfica para identificar os barcos.Detalhes originais

Cheio de regras, o modelismo naval procura reproduzir os detalhes originais e constrói os modelos baseado numa escala que permite ao observador ter noção exata do tamanho e distribuição de espaços dos barcos. É um nível de detalhes capaz de fisgar crianças e adultos. “O modelismo reproduz da maneira mais fidedigna possível e é diferente do artesanato, que tem uma coisa de criatividade e não tem a preocupação em representar minimamente”, explica Maria Regina Weissheimer, uma das organizadoras da exposição.

A ideia de reproduzir as embarcações brasileiras para preservar a história do patrimônio naval surgiu com Alves Câmara. Ele chegou a reunir 42 réplicas, mas nenhuma confeccionada de acordo com as proporções e os detalhamentos que regem a prática do modelismo. O museu catarinense retomou a ideia e ganhou apoio do navegador Amyr Klink, patrono da coleção.

No conjunto, há preciosidades como a reprodução da última canoa de tolda do São Francisco, tombada pelo Iphan, e os saveiros que transportavam mercadorias pelo litoral do Recôncavo Baiano até os anos 1950 e acabaram por perder espaço para o transporto rodoviário.

Barcos do Brasil

Exposição de réplicas de barcos. Visitação até 18 de novembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, na Sala Mário de Andrade, no Iphan (Ed. Lucio Costa, SEPS Qd 713/913, Bloco D).

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MAPEAMENTO » Brasília ao alcance do mouse

Consulta de imagens da capital pela internet estará disponível para milhões de usuários. Empresa especializada já deu início aos registros fotográficos Fonte: correioweb.com.br 31/08

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Após lançar, em outubro do ano passado, a consulta de imagens das vias dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais por meio da ferramenta Google Maps Street View, a gigante da internet começou os registros fotográficos nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil. Há pelo menos duas semanas, três carros da empresa têm percorrido as pistas do Distrito Federal para mapear a malha viária de todas as regiões administrativas. Ainda não há uma previsão de quando os registros estarão disponíveis para consulta on-line, pois os arquivos são inseridos apenas depois de todas as fotos das regiões serem finalizadas.

O diretor de comunicação do Google Brasil, Felix Ximenes, explica que o Street View é uma funcionalidade adicional ao serviço de mapas da empresa e que oferece aos usuários uma visão de um observador em nível de solo. Segundo Ximenes, o aplicativo permite uma navegação em 360 graus por imagens de diversas ruas e áreas em todo o mundo. Apesar da inovação, o diretor não crê que os mapas tradicionais serão aposentados. “Encaramos essa visualização como adicional e complementar. No Google Maps é possível ter tanto uma visão do mapa em um formato clássico quanto uma visão aérea ou topográfica”, completou.

Visão social

De acordo com Renê Fraga, diretor da Roboz Social Media e responsável pelo blog Google Discovery, em cidades como São Paulo, por exemplo, a ferramenta tem sido utilizada como uma alternativa para orientação visual de rotas ou percursos dos usuários. Na opinião de Fraga, os mapas tradicionais não perderão espaço para consulta, mas a ferramenta permite um olhar complementar de cidades e países espalhados pelo mundo. “O Street View evidencia como são as representações sociais e culturais que cada lugar do mundo oferece visualmente. Você nem precisa sair de casa para visitar diversas cidades em todos os continentes”, frisou.

O blogueiro também avalia que a ferramenta tem como uma das principais limitações a ausência da possibilidade de se visitar estabelecimentos comerciais e locais públicos. “Seria interessante ver uma ampliação do projeto, assim como ocorreu nos Estados Unidos. Lá foi possível mapear os museus de arte. Outro problema está relacionado à privacidade das pessoas, mas o Google oferece a opção de remover a foto do serviço”, lembrou.

Quem viu o carro da Google pelas ruas do DF ficou curioso para saber do que se tratava. A empresária Paula da Silva Marques, 47 anos, mora em Porto Alegre (RS) e avistou o veículo próximo ao Congresso Nacional. “Também vi o automóvel na minha cidade, e espero que o serviço comece a funcionar o quanto antes. A tecnologia veio para nos ajudar”, comentou.

Novas informações

A empresa também tem investido em novidades para o Google Maps. Desde a última semana, o site informa os usuários sobre as condições climáticas, com ícones para definir sol, nuvens e chuva. Para ter acesso à previsão, basta acionar o comando no canto superior direito da tela.

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Funcionais e orgânicos conquistam prateleiras. Valor Econômico - 31/08/2011

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Há pouco mais de uma década pensar em abastecer prateleiras inteiras com produtos orgânicos ou naturais sequer passava pela cabeça dos varejistas. Os chamados alimentos saudáveis ficavam restritos a empórios especializados e a restaurantes rotulados de "naturebas". Hoje, o cenário é bem diferente e o que antes era visto como desejo de poucos, agora é encarado como um excelente nicho de mercado, capaz de alavancar as vendas e fidelizar a clientela.

As estatísticas estão aí para comprovar. Levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (Abia) revela que o setor de alimentos funcionais - consumidos na forma de alimento comum, mas que trazem benefícios à saúde, como prevenção de doenças e melhora do bem-estar - crescem ao redor do mundo a uma taxa de 14% ao ano, enquanto as vendas de alimentos convencionais registram índices entre 3% e 4%. Dados da Health and Wellness Food Beverages in Brazil (Alimentos e Bebidas para a Saúde e o Bem-Estar no Brasil) mostram um crescimento de 81% desse segmento entre 2004 e 2009 no país, período em que o faturamento do setor passou de R$ 15 bilhões para R$ 27,2 bilhões. Mas talvez seja o universo dos produtos orgânicos o que revele os números mais expressivos, com uma receita em 2010 de R$ 350 milhões, 40% superior a 2009, segundo o Projeto Organics Brasil.

"Não se trata de um modismo, mas de uma tendência que veio para ficar e que tende a crescer a passos largos", afirma Lívia Barbosa, diretora de pesquisa do Centro de Altos Estudos da ESPM. "Trata-se de um movimento mundial."

Por aqui, apesar de os especialistas afirmarem que ainda estamos engatinhando, o cenário é bastante animador. Estudos do Euromonitor preveem que até 2014 o movimento do mercado brasileiro de alimentos saudáveis chegará a R$ 38 bilhões, com expansão de 39% em relação ao volume atual.

Criada em 1987, em Petrópolis (RJ), a Mundo Verde foi a primeira loja de produtos naturais a virar rede de franquias e a abrir unidades até no exterior. No início, atendia apenas a um nicho de consumidores, com oferta reduzida de produtos. Hoje, são mais de 150 lojas, 5 mil itens nas prateleiras, 100 mil pessoas atendidas por dia, um faturamento de R$ 180 milhões no ano passado e nada menos do que 800 fornecedores, entre eles, a catarinense Vitalin.

Nascida como exportadora, a pequena empresa de Jaraguá do Sul (SC), não titubeou em mudar literalmente de ramo em 2006, ao enxergar que havia uma carência de fornecedores de produtos naturais de qualidade. Deixou para trás 12 anos de experiência na área de exportação de cogumelos medicinais. "Fomos pioneiros na difusão dos atributos naturais de alimentos como quinoa, linhaça dourada e amaranto", revela Rogério Mariske, sócio da Vitalin. Hoje, são 27 produtos, entre eles, farinha e semente de linhaça dourada e marrom; quinoa, nas variações farinha, flocos e mista com grãos brancos e vermelhos, além de fibra de maracujá e aveia em flocos enriquecida com quinoa e amaranto em três sabores. "A grande novidade é o shake orgânico de quinoa e os achocolatados orgânicos com açúcar mascavo", diz o empreendedor. Com um crescimento de 30% ao ano, a Vitalin deve encerrar 2011 com um faturamento de R$ 6 milhões. Para driblar a concorrência no ponto de venda, a marca investe em degustações, distribuição de panfletos educativos além da presença de promotores nas lojas. "Nada bate a visita aos nutricionistas, porque são eles os grandes propagadores da alimentação natural", garante Mariske.

Para Enzo Donna, da ECD Consultoria de Food Service, tanto a Vitalin como a Mundo Verde conseguiram mostrar ao consumidor que produto natural tem sabor e pode ser atraente, ajudando a mudar o hábito alimentar dos brasileiros. "Foi seguindo essa filosofia que produtos como o iogurte funcional Activia ganharam a preferência dos consumidores e as dietas dos povos do Mediterrâneo se tornaram populares", afirma.

De olho no novo comportamento do consumidor diante das gôndolas dos supermercados, o empresário Edson Mazeto Júnior, 37 anos, decidiu ajustar a fórmula do único suco de cranberry - pequena fruta vermelha cultivada nos EUA, Canadá e Chile - produzido no Brasil, pela pequena empresa paulista Juxx. "Deixamos a mistura menos ácida, ideal para o paladar do brasileiro", explica Mazeto.

Preparado com o concentrado da fruta importada da região da Patagônia chilena, o suco da Juxx preserva, segundo o empresário, todas as propriedades antioxidantes, que retarda o envelhecimento, melhora os anticorpos do organismo e ajuda a combater infecções urinárias naturais. No preparo, a Juxx não usa conservantes ou aromatizantes artificiais. "Trata-se de um alimento funcional, que também é gostoso", afirma Mazeto. "Não é à toa que em quatro anos a empresa cresceu em torno de 160%, está presente em 5 mil pontos de venda e deve fechar 2011 com um faturamento de R$ 15 milhões".

Na esteira do suco de cranberry, eles desenvolveram mais dois sabores funcionais: ameixa, enriquecido com fibras naturais, e romã. Os próximos lançamentos vão focar em sucos à base de soja.

Na visão de Enzo Donna, a Juxx soube alinhavar bem a sua comunicação apresentando o produto como um suco de frutas vermelhas que agrada ao paladar e faz bem à saúde. "Aí está o segredo", declara. "Quem conseguir associar os dois fatores com qualidade e preço competitivo tende a explodir nesse mercado." A professora Livia, da ESPM, vai além. "Cada vez mais a pressão será maior para que as indústrias respeitem os animais, o ambiente e a saúde das pessoas", afirma. "Quem não seguir esse movimento tende a perder reputação e o poder de sua marca no mercado." E esta é a palavra de quem entende do assunto.

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Professor de Direito ameaça prender aluna O Estado de S. Paulo - 31/08/2011

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Caso envolve docente do Mackenzie, que é procurador, e bolsista; irmão acusa estudante de racismo no Facebook

O professor da Faculdade de Direito do Mackenzie Paulo Marco Ferreira Lima, que também é procurador de Justiça, ameaçou dar voz de prisão a uma aluna do 5.º semestre do curso. Depois da aula de Direito Penal 3 na última sexta-feira, a estudante abordou o professor para questionar sua metodologia. Segundo o docente, foi necessário chamar seguranças para conter a garota, que insistia em fazer reclamações em voz alta. Paulo Marco, então, disse que ou ela parava, ou ele lhe daria voz de prisão. Ela ainda foi acusada de racismo pelo irmão do professor no Facebook.

O caso repercutiu após o Centro Acadêmico João Mendes Jr., que representa os alunos de Direito, ter divulgado nota de repúdio na qual classificou de "inadmissível" a postura do professor Paulo Marco. "Em um país de "doutores", em que qualquer um se acha acima da lei, não podemos permitir que em nossa faculdade, um ambiente exclusivamente acadêmico, pessoas desse tipo continuem a desrespeitar nossa Constituição, em uma perfeita cena de abuso de autoridade", diz o texto, assinado pelo diretor-geral do C.A., Rodrigo Rangel.

Paulo Marco disse que a aluna quis "tirar satisfação". "Entrei na sala para dar a última aula do dia e ela continuava falando. Fechei a porta. Ela arrombou. Pedi aos seguranças para tirá-la da sala. Ela continuou gritando e me ofendendo. Foi aí que falei: "Ou a senhora para ou eu vou te dar voz de prisão por desacato". Ela parou de gritar depois da ameaça."

O professor respondeu às críticas de que a situação configurou abuso de autoridade. "Ameaçar prender não é abuso de autoridade. Seria se eu tivesse prendido ela sem razão", afirmou.

O irmão do professor - o também procurador e professor do Mackenzie Marco Antônio Ferreira Lima - acirrou a polêmica ao postar ontem, no Facebook, que a aluna, do 5.º semestre noturno, teceu "considerações raciais" sobre Paulo Marco. Na internet, Marco Antônio afirma que a estudante ofendeu o professor, "chamando-o na frente de sua filha de "negro sujo" e dizendo que "preto não pode dar aula no Mackenzie"".

Bolsista. A estudante, de 31 anos, que não quis se identificar, nega que tenha ofendido o professor e se disse vítima de calúnia. "Até porque sou bolsista integral do ProUni e, com qualquer sanção administrativa, perderia a bolsa", disse. Ela admite ter procurado o professor para reclamar de sua didática. "A aula dele é mais um bate-papo e expliquei que sentia a falta de conceitos."

Após o incidente, ela procurou o diretor da Faculdade de Direito, que a orientou a fazer um relatório do que havia acontecido. Ela fez o relatório e pediu transferência da matéria. "Fui humilhada pelo professor Paulo e exposta pelo irmão dele no Facebook. Sou aluna de Direito e um dia vão lembrar que me acusaram de racismo."

Por meio de nota, o Mackenzie informou que "os fatos estão sendo apurados para que as providências sejam tomadas."