segunda-feira, 30 de novembro de 2009


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Música
A voz das crianças da Chapada

Doroty Marques mistura cidadania e o som da terra para educar os pequenos moradores da Vila de São Jorge




As vestes rústicas, de extremidades costuradas artesanalmente, os cabelos enormes e quase brancos e a pele queimada pelo sol escaldante do cerrado apresentam a musicista Doroty Marques, de 63 anos. Com um olhar feliz e voz grave gosta de se apresentar como uma “senhora artista”. “Ser artista dá um charme à idade…”, diz, com um sorriso demorado. A alegria, porém, não seria completa se crianças não fizessem parte de sua vida há 30 anos.

A música da mineira Doroty, semeada pelos sons da natureza, pertence à geração setentista de Almir Sater, Elomar, Renato Teixeira e Dércio Marques, seu irmão e companheiro inseparável nos projetos de educação que desenvolve desde os anos 1980. O caçula, de 62 anos, sempre preferiu trilhar o caminho da música independente, longe das grandes produtoras. A irmã também seguiu trajetória alternativa, mas preferiu a educação. Com conteúdos e métodos que deixariam desconfiados professores conservadores por onde passou, Doroty faz da natureza a sala de aula e da liberdade de expressão a motivação principal para formar cidadãos, como na região da Chapada dos Veadeiros.

“Chego nas comunidades e apresento a minha arte. Se me dão abertura, mostro minhas ideias e ofereço uma proposta de escola livre, onde ser cidadão é saber o que se sente. Os alunos vão criar as leis, vão levantar a escola e moldá-la segundo o que eles querem”. É o projeto Turma que Faz, que ganhou esse nome em São Paulo, quando da fundação de uma escola de arte e cultura em São José dos Campos (SP).

Doroty viaja pelo país cativando crianças de comunidades inteiras e com elas fazendo o que sempre fez de melhor: música. Além dos discos, ela e sua equipe de artistas e professores também organizam operetas populares, espetáculo que reúne dança, música e teatro. A mais importante delas, Cadê meu rio que estava aqui?, foi feita com 5 mil crianças de todas as escolas públicas do município de Penápolis (SP), em 1983.

A iniciativa foi premiada pela ONU, na categoria de melhor trabalho educação alternativa, participou da ECO/92, e há cinco anos foi implantada na Vila de São Jorge, situada na região central da Chapada dos Veadeiros, a 36km do município de Alto Paraíso de Goiás. A vila dá acesso único ao Parque Nacional da Chapada. “Cheguei pra ficar um ano lá. Mas aí me apaixonei pela cidade, e o povo foi me conquistando. A Petrobras fez uma visita, gostou do que viu e nos financia há três anos”, explica Doroty. No ano passado, ela organizou a opereta O que é o que é: faca sem ponta, galinha sem pé?, com 150 crianças e adolescentes da comunidade. Cerca de 50 mães dos pupilos da artista cantam no coral do espetáculo. Elas integram, semanalmente, a Cooperativa de Mãos Dadas, criada pela “senhora artista”. “Nós discutimos problemas do dia a dia da cidade, como a violência. Sete pais também participam”, descreve.

Patrocinada pela estatal do petróleo e apoiada pela Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, Doroty comandou uma pesquisa sobre frutas do cerrado, que resultou na cartilha Frutos do cerrado, escrita com versos seus e ilustrada pelas crianças da turma. O compêndio inspirou as autoridades locais a darem nomes de frutos às praças e ruas de São Jorge. No entanto, é no recém lançado álbum Criunaná que podemos ver a grandiosidade artística da Turma que Faz.

Doroty conta que 70% dos instrumentos são fabricados à mão. E pode-se dizer que, incuindo a participação especial de pássaros, cachoeiras, insetos e demais “artistas naturais”, todo o álbum é delicadamente artesanal, caseiro e bucólico. Em uma palavra, folclórico. A começar pela linguagem em que as músicas são entoadas, saída da imaginação da comunidade de São Jorge e inspirada na inventividade da arte-educadora (Criunaná, que titula o álbum, é a palavra que define o espírito dos sãojorgistas). Cajon, sanfona, viola, violão, tambores, sanfona, calimbas, tchacabum, berimbau e mais um sem-número de aparatos musicais misturam-se às vozes de Dércio, Doroty, crianças e outros colaboradores, tendo como som ambiente o encontro do vento com as árvores retorcidas, o farfalhar de folhas secas e o canto dos pássaros.

O espírito do cerrado



A gramática musical de Doroty Marques começou com seu primeiro álbum, Semente (1978). O segundo e último trabalho solo, Erva-cidreira, viria dois anos depois. Desde então, a artista só grava com seus pequenos discípulos e seu irmão, Dércio. Ambos realizaram discos com o selo independente de Marcus Pereira, um dos produtores mais importantes para a consolidação da identidade fonográfica brasileira, sem influência das gravadoras estrangeiras.

Os instrumentos caseiros, o coro infantil, os ruídos naturais e as vozes guturais dos irmãos Marques fazem de Criunaná, álbum gravado “com energia de bateria de carro”, segundo a educadora, e em várias locações regionais, um trabalho de rara qualidade lírica e melódica. Sob a coordenação geral de Doroty, a Turma que Faz entrega vozes afinadas e excelente instrumental.

A melhor faixa, Rarasá, que também introduz os ouvidos no universo de Criunaná, é puro folclore. O som relaxante das corredeiras é interrompido por uma viola delicada. O violão caipira se apresenta e logo dá métrica à música, invadida pelo vocabulário ao mesmo tempo natural e exótico de Doroty. O canto das araras fornece ainda mais vida a este verdadeiro ode à beleza do cerrado.
CrB 25/10

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sábado, 21 de novembro de 2009


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“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira

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Suco a base de vegetais pode ajudar na perda de peso

Beber diariamente pelo menos um copo de suco a base de vegetais, pobre em sódio, pode ajudar pessoas com excesso de peso e síndrome metabólica a emagrecer. Estudo conduzido pelo Baylor College of Medicine, evidenciou uma perda de peso de 2 kg após 12 semanas de estudo, enquanto os participantes que não beberam o suco perderam apenas 0,5 kg. Ambos os grupos também foram orientados a ingerir a dieta DASH (recomendada para o controle da pressão - com ênfase no uso de carnes magras, cereais integrais, frutas e verduras). O que este estudo mostra é que passos simples, como o consumo de sucos de vegetais, associados a dietas balanceadas é um excelente passo não só para a redução do peso mas também para a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas.

Exemplos de sucos de vegetais (você pode batê-los com laranja, maçã, limão, maracujá...):
- Broto de alfafa + couve
- Couve + Brócolis
- Pepino + Cenoura + Alface
- Couve + Espinafre + Hortelã

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Covardia em pleno Plano Piloto/ Brasília
Bandidos matam idoso na Asa Norte
Crime ocorreu na SQN 116. Homem de 67 anos deixou agência bancária com R$ 4.087 e foi abordado pouco depois por um dos criminosos. Vítima teria reagido ao assalto.

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Memória
Julho de 2002
O advogado Pedro Carlos Martins Bahia, 37 anos, morreu assassinado após sair de uma agência bancária na 706/707 Norte. Os bandidos fugiram com R$ 24 mil em notas de R$ 10 e R$ 50. O roubo ocorreu por volta das 13h.
Dezembro de 2008
Assalto a um carro-forte nas proximidades do Banco do Brasil da 504 Norte resultou na morte do vigilante Joel Gomes de Oliveira Júnior, de 37 anos, com um tiro na cabeça. Outro segurança, João Luiz Pereira dos Santos, foi atingido na região do tórax.

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Fique atento
Comportamentos de segurança que pode reduzir as chances de ser alvo dos bandidos:

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 O uso de cartões e transferências por meios eletrônicos diminui as chances de assalto porque a pessoa não trabalha com dinheiro em espécie;
  Se houver necessidade de realizar saque, faça-o em pequenas quantias. Evite andar com quantias vultosas em dinheiro desnecessariamente;
  Para realizar saques, não vá a agências grandes. Procure as menores em locais movimentados, como shoppings e supermercados;
  Se houver necessidade de sacar grandes quantias, procure ir acompanhado de outras pessoas. Caso esse saque seja realizado semanalmente, é importante não fazer sempre na mesma agência e variar inclusive a forma de sacar o dinheiro. Fonte: Correioweb 21/11

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“Por um lado, ter um inimigo é muito ruim. Perturba nossa paz mental e destrói algumas de nossas coisas boas. Mas, se vemos de outro ângulo, somente um inimigo nos dá a oportunidade de exercer a paciência. Ninguém mais do que ele nos concede a oportunidade para a tolerância. Já que não conhecemos a maioria dos cinco bilhões de seres humanos nesta terra, a maioria das pessoas também não nos dá oportunidade de mostrar tolerância ou paciência. Somente essas pessoas que nós conhecemos e que nos criam problemas é que realmente nos dão uma boa chance de praticar a tolerância e a paciência. ”

Dalai Lama
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Para conhecer a cultura afro-brasileira


Em 20 de novembro comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi instituída para lembrar o assassinato de Zumbi, um dos últimos líderes dos Palmares, que se transformou em símbolo da resistência negra à escravidão e da luta pela liberdade. Que tal ler esses livros para conhecer a cultura afro-brasileira
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Aventuras de Luana
Em Capoeira e liberdade, a menina Luana, de 8 anos, volta a contar as histórias e as tradições de seu povo. Agora, ela parte em busca de um berimbau perdido há muito tempo e resgata parte da história dos negros. Editora FTD; autores: Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino; 62 páginas; R$ 22,30.
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Conto de Angola
A árvore dos gincongos é um conto infantil da autora angolana Maria Celestina Fernandes e ganha vida nas mãos do ilustrador candango Jô Oliveira. O conto traz a crença de que os gincongos, os gêmeos, são enviados da deusa das águas Kyândá e, por isso, são seres especiais, de grande sensibilidade e que não podem ser contrariados. Coleção Histórias de além mar; editora Difusão Cultural do Livro; 40 páginas; R$ 28.
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Abecedário
ABC afro-brasileiro traz toda a herança africana no Brasil: tradições, histórias e músicas. Cada letra apresenta um verbete, e as ilustrações, de cores fortes e vibrantes, trazem elementos da cultura afro-brasileira. Editora SM; autora e ilustradora: Carolina Cunha; 48 páginas; R$ 30.
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Dias de santos e heróis
Esse livro apresenta ao pequeno leitor a história por trás das datas comemorativas que ilustram nossos calendários. Além do Dia Nacional da Bandeira Nacional, do Dia do Índio, por exemplo, destaca o Dia Nacional da Consciência Negra. Editora Promo; autora: Rosângela Vieira Rocha; ilustradora: Marilena Saito; 48 páginas; R$ 34,90.

Correioweb 15.11

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“A renda do trabalho no Nordeste do Brasil vem crescendo 7,27 % ao ano desde 2003, ante 5,13 % da média brasileira. De setembro de 2008 a setembro deste ano, o Nordeste apresentou o maior crescimento em vagas formais de trabalho do país. São números emblemáticos, para derrubar as teses de que a região só cresce graças aos programas de transferência de renda.”  Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas.
www.exame.com.br (04/11/2009)
www.fgv.com.br

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O tempo da cultura
ÁNGELES GONZÁLEZ-SINDE REIG
AS RELAÇÕES entre nossos países estão vivendo o melhor período da sua história. Para esse fortalecimento contribui a consolidação das democracias ibero-americanas, a sintonia política entre os dois lados e a necessidade de que enfrentemos juntos os desafios atuais.
Hoje, a dimensão dos obstáculos e das oportunidades que compartilhamos é maior que a conhecida por qualquer outra geração anterior.
Por isso, o futuro de qualquer sociedade depende tanto de um bom governo dentro das fronteiras quanto da capacidade institucional de cooperar agilmente no cenário internacional.
Pode-se afirmar, portanto, que a história nos aproxima e que o presente nos acerca, mas que nada pode nos unir mais que o futuro. Um futuro em que a cultura tem que ser a protagonista.

No âmbito pessoal, incentivar a cultura é investir na liberdade, é dotar cada cidadã e cada cidadão de mais ferramentas para que se desenvolvam individualmente.
Mas, se a cultura nos cultiva, é não somente porque aumenta as nossas capacidades mas também porque nos nutre de valores imprescindíveis, como a responsabilidade e o compromisso, o esforço e a tolerância. Ela altera o modo como nos vemos e, ao fazê-lo, melhora nossa autoestima -e, ademais, transforma nossa maneira de ver os outros.
Por essa mesma razão, no âmbito cívico, incentivar a cultura significa fortalecer a convivência, reforçar o respeito e lutar contra todas as formas de discriminação.
Por isso é que devemos nos esforçar para que aqueles que têm mais barreiras para acessar a cultura ou se expressar artisticamente tenham a oportunidade de superar o atual abismo cultural que ainda persiste nas nossas sociedades.
É necessário termos sempre muito presente que os benefícios que a cultura pode trazer não são somente aqueles mensuráveis, numeráveis.
Há também os benefícios imateriais -que são, curiosamente, os que mais geram riquezas no médio e no longo prazos, como a preservação da diversidade ou a luta contra a exclusão social.
Não é fruto do acaso que as sociedades mais avançadas, as que contam com os melhores índices de bem-estar, sejam sempre aquelas em que a pluralidade e o acesso à cultura estão mais garantidos.
No âmbito econômico, impulsionar a cultura implica modernizar o tecido produtivo dos nossos países, acabar completamente com o modelo da depredação e avançar em direção a um modelo mais centrado na inteligência e na sensibilidade.
Os antigos gregos definiam as crises como os períodos em que o velho terminava de desaparecer e o novo terminava de nascer. O final do neoliberalismo, da cosmovisão despreocupada com a igualdade e obcecada pelo consumo rápido e pelos benefícios do curto prazo, proporciona a nós a intuição de uma ocasião que, juntos, devemos usar não só para aproveitar as oportunidades empresariais, não só para projetar em alta definição a imagem dos nossos países, mas também para melhorar a qualidade de vida das futuras gerações.
ÁNGELES GONZÁLEZ-SINDE REIG , roteirista e diretora de filmes, é ministra da Cultura da Espanha. Fonte : (FSP 02/10)


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Profissionais que consomem cultura trabalham melhor

Ir ao cinema e ler livros vão além do entretenimento. Segundo especialistas em carreira, profissionais que consomem cultura trabalham melhor e são mais criativos. Logo, cobiçados pelas empresas
“Nunca me perguntes o assunto de um poema. Um poema sempre fala de outras coisas”, diz Mário Quintana em seu livro Da preguiça como método de trabalho. E são exatamente essas outras coisas, minúcias que transcendem o cotidiano, que especialistas em carreira recomendam a profissionais interessados em tornar o ambiente de trabalho mais agradável e, consequentemente, mais produtivo. “A formação cultural é suplemento da formação técnica. Ela vai ser a responsável pela compreensão diferenciada da realidade, o que é muito valorizado nas empresas”, analisa Priscila Azevedo, coordenadora do Departamento de Carreiras da Veris Faculdade/ IBMEC Educacional.

Conhecer outras realidades, sentir culturas diferentes e fugir da visão do dia a dia ajudam o profissional a aumentar o seu rendimento e a livrar-se do esgotamento de idéias, comum no mundo empresarial. “Nas empresas, tudo é muito corrido, assim, quem tem uma bagagem cultural e consegue fazer a conexão com o que trabalha sai na frente”, aposta Márcia Garcia, diretora do Grupo Labor.

Foi o que percebeu o chefe e os colegas de trabalho de Samya Mileine, 23 anos. A bancária sempre gostou de ir a peças teatrais, tanto que um dia se inscreveu em uma oficina de teatro oferecida pelo Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. Hoje, ela e outros bancários montaram uma companhia. “O teatro melhorou meu trabalho, isso repercutiu de tal maneira que vários colegas já me perguntaram quando será a próxima oficina para eles também participarem”, conta a brasiliense.

O consumo de cultura e arte geralmente é feito em seus momentos de lazer. Por isso, mesmo que a cultura seja importante na carreira, as escolhas pessoais por entretenimento não podem ser baseadas somente no pensamento da empresa, mas sim nas preferências pessoais. Até porque dificilmente alguém absorve o que não gosta no seu tempo vago.

“Ninguém diz: você precisa saber isso ou aquilo para fazer o diferencial. É toda uma bagagem que você vai adquirindo com o tempo”, comenta Fábio Saad, gerente de mercado financeiro da recrutadora Robert Half. “Além disso, o funcionário nunca sabe em que situação vai ter que usar seus conhecimentos. Não dá para prever. Por isso, é preciso estar sempre aberto a todas as manifestações culturais. Pode ser que surja um cliente de outro país e é bom você conhecer a cultura dele, por exemplo”, complementa Carmen Cavalcanti, diretora da Rhaiz Soluções em Recursos Humanos.

Sempre
bem-vindo
Assim, o profissional não precisa ter vergonha de suas preferências, seja porque elas não são as mais sofisticadas, como frequentar uma exposição ou ir a um cinema alternativo, seja porque não são o que está na moda. Uma hora ou outra, ele pode usar um conhecimento que nunca imaginou que pudesse ser necessário. “Quando falamos em cultura, abrangemos várias coisas. Toda hora, você demonstra cultura, então, o que é chamado cultura inútil também é bem-vindo”, acredita Fábio Saad, gerente de mercado financeiro da recrutadora Robert Half.

Dessa forma, o gosto pela arte, pela música e pela literatura pode gerar afinidades tanto com colegas de trabalho quanto com clientes, o que aumenta a rede de relacionamentos e melhora o trabalho em equipe. “A cultura é muito rotulada, o profissional tem que saber que a empresa e o recrutador não estão avaliando o tipo de cultura, mas se ele se interessa por alguma coisa extra”, analisa Carmen Cavalcanti, diretora da Rhaiz Soluções em Recursos Humanos. Já a diretora Márcia Garcia adota uma postura mais ponderada. “O profissional tem que levar para a empresa o que realmente for necessário para o crescimento em seu trabalho.”

Apesar de as empresas desejarem que seus funcionários cheguem com uma boa formação cultural, é preciso também que elas invistam nesse processo. Essa é a opinião da coordenadora do Programa de Arte e Cultura da Universidade Católica de Brasília, Renata Sthepanes. Segundo ela, as organizações também devem dar a sua colaboração para o ócio criativo dos funcionários. “O empresário pode promover um coral ou uma feira de talentos, isso vai melhorar a imagem da empresa e aumentar os rendimentos”, analisa a coordenadora que já organizou grupos de coral em duas empresas em São Paulo. “A resposta sempre é positiva”, garante.  Correioweb 26/10



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JUDICIÁRIO
A Justiça erra, um homem paga

Aldenor Ferreira da Silva foi condenado em 1995 por homicídio ocorrido em 1980. Mas a vítima — bem viva — acabou presa anos depois do suposto crime. Somente ontem, desembargadores do DF reconheceram oficialmente a grave falha.

CrB 10/11
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JUDICIÁRIO
Injustiça uma dor irreparável
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Condenado a 20 anos de prisão por latrocínio em 2003, Aldo José Rodrigues chegou a ficar 14 meses na cadeia. Mas o rapaz é inocente

Após apontar falhas no processo, ausência de provas e arbitrariedades de um juiz de primeira instância, além de ilegalidades cometidas por policiais, desembargadores também mandaram soltar e anular a pena de um verdureiro morador da área rural de Planaltina condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por latrocínio (roubo com morte).

Quando foi preso, na primeira hora de 27 de agosto de 2003, Aldo José Silva Rodrigues tinha a saúde perfeita. Quase 14 meses depois, quando magistrados ordenaram a sua soltura imediata, ele deixou o a penitenciária da Papuda 20kg mais magro, surdo de um ouvido, com a audição diminuída no outro e órgãos intestinais inutilizados. A debilidade é consequência de espancamentos e da falta de assistência, segundo médicos e a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. CrB 12/11


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Menos vagas para pobres que estudam

“As relações sociais entre ricos e pobres ainda expõem as desigualdades do país, que premia os mais abastados em detrimento dos trabalhadores de menor renda, independentemente da escolarização. Ser pobre, nas regiões metropolitanas brasileiras, é estar praticamente desempregado. É estranha a interpretação de que quanto maior a escolaridade (do trabalhador), maior é a chance de emprego, porque isso não ocorre com os mais pobres. Há uma barreira, do ponto de vista da inserção, para trabalhadores pobres, apesar da escolaridade. É o chamado QI, ou quem indica. Isso não ocorre com os menos escolarizados, porque esses não dependem das relações sociais para conseguir emprego” Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Correioweb 23/09
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Reajuste escolar é o dobro da inflação
Pagar pela educação dos filhos exigirá sacrifícios no ano que vem. O preço da mensalidade nas escolas particulares de Brasília vai subir até 11% em 2010. O percentual é muito superior à inflação registrada nos últimos 12 meses — 4,36%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). O sindicato das instituições de ensino (Sinepe) recomendou um aumento entre 6,5% e 7%, mas diversos colégios já anunciaram valores acima desse patamar.
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Preços de remédios, consultas médicas e planos de saúde sobem acima da inflação no Distrito Federal

Como é caro cuidar da saúde em Brasília. Levantamento do Correio, com dados da Fundação Getulio Vargas, mostra que produtos e serviços médicos tiveram aumento acima da inflação, acumulada em 5,2% nos últimos 12 meses. O quadro é alarmante: os remédios subiram 6,67%; os planos de saúde, 6,2%; e as diárias hospitalares e consultas médicas estão ao menos 6,3% mais caras na comparação com outubro do ano passado. Quem frequenta farmácias sabe que os limites de preço impostos pelo governo pouco ajudam na hora de pôr a mão no bolso. “Você pode conseguir um remédio por um preço mais barato em uma farmácia, mas o outro é mais caro nesta farmácia. Aí quando compra todos acaba ficando tudo igual”, reclama o aposentado de 67 anos José de Souza, que gasta R$ 300 por mês em medicamentos para ele e a mulher. CrB 24/10


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Brasiliense importa 80% dos alimentos que consome.
Das mais de 28 mil toneladas de legumes, frutas e verduras vendidas em agosto pela Ceasa, cerca de 22 mil vieram de outros estados e países. Correioweb 26/09
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Preços de remédios, consultas médicas e planos de saúde sobem acima da inflação no Distrito Federal

Como é caro cuidar da saúde em Brasília. Levantamento do Correio, com dados da Fundação Getulio Vargas, mostra que produtos e serviços médicos tiveram aumento acima da inflação, acumulada em 5,2% nos últimos 12 meses. O quadro é alarmante: os remédios subiram 6,67%; os planos de saúde, 6,2%; e as diárias hospitalares e consultas médicas estão ao menos 6,3% mais caras na comparação com outubro do ano passado. Quem frequenta farmácias sabe que os limites de preço impostos pelo governo pouco ajudam na hora de pôr a mão no bolso. “Você pode conseguir um remédio por um preço mais barato em uma farmácia, mas o outro é mais caro nesta farmácia. Aí quando compra todos acaba ficando tudo igual”, reclama o aposentado de 67 anos José de Souza, que gasta R$ 300 por mês em medicamentos para ele e a mulher. CrB 24/10


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Consumo como ato de solidariedade
"Ao consumir -comprar, usar ou descartar produtos ou serviços-, podemos tentar impactar positivamente a sociedade e o planeta. Ao não desperdiçarmos recursos naturais; ao comprarmos produtos de empresas que investem em comunidades, funcionários e meio ambiente; ao preferirmos comprar de cooperativas de economia solidária; ao usarmos o que temos até que tenha esgotado a sua vida útil; ao nos perguntar se realmente precisamos do que vamos comprar; ao usarmos o que compramos com profundo respeito pelo fato de o produto conter parte da natureza em suas matérias-primas; ao reciclar ao máximo tudo o que for reaproveitável; em cada um desses pequenos gestos estaremos fazendo algo pelos outros, e não apenas por nós mesmos".
Fábio Padula (ambientalista)

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O fosso entre educação e os setores produtivos
“O esquema que impregnou as universidades brasileiras nos últimos anos virou uma máquina de produzir funcionários públicos que precisarão de mais impostos e verbas para tocarem suas atividades no Estado. Segundo um levantamento realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – recentemente divulgado, apenas 1,9 % dos 26 mil doutores brasileiros, atualmente empregados, está na indústria, enquanto 66% permaneciam na universidade e outros 18% no setor público.  A educação superior é descolada do setor produtivo e voltada para o seu próprio umbigo. ” Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com

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Envelhecer com Jovialidade
Nada mais ridículo do que os idosos que se recusam a aceitar os sinais de velhice e buscam todo tipo de tratamento estético para encobri-los. Esquecem que jovialidade não é uma questão de aparência, e sim de cabeça. Conheço velhos gagás com apenas 30 anos e pessoas joviais com 92, como é o caso de minha mãe, que lê dois jornais por dia, acompanha o noticiário televisivo e participa de movimentos de reflexão e solidariedade.
É preciso saber envelhecer com sabedoria. E os antigos, como Aristóteles, já nos prescreviam a receita: amizades, exercícios físicos, alimentação saudável e cultivo da espiritualidade.
Envelhecemos irremediavelmente quando deixamos de sonhar de olhos abertos.
Frei Betto é escritor, autor de “Aquário negro” (contos), editora Agir, entre outros livros.
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“Se há um serviço que devesse socializar-se, inteiramente coberto por orçamento público e administrado por conselho misto participativo da sociedade é a educação.
Escola pública para todos, sem discriminação de cidadãos, com os mesmos critérios de qualidade e eficiência. Os impostos progressivos justificam a presença de todos no mesmo e universal sistema escolar. Todos, igualmente, teriam acesso ao mesmo conhecimento. Alcançariam o mesmo nível de oportunidade de propor sua participação e oferecer sua criatividade em benefício da sociedade. Estariam garantidas a liberdade e a democracia.” EUGÊNIO GIOVENARDI


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Comer em frente à TV
Esse é um grande erro, um verdadeiro absurdo
Não é de pé, não é deitado, não é lendo revista. Lugar de se alimentar é sentado à mesa, prestando atenção naquilo que está comendo
É preciso mastigar bem a comida

SÔNIA TRECCO, chefe do Serviço de Atendimento Ambulatorial do HC de São Paulo FSP 17.02

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A maioria da população tem hábitos muito ruins, que mais cedo ou mais tarde terão repercussões sérias na saúde
As pessoas aprenderam com a mãe e com a avó que a comida tem de ser pesada... Acham que comer bem é deixar o estômago cheio

LUIZ VICENTE BERTI presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
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Ensino universitário não acompanha mudanças da era digital
As universidades estão em crise e não conseguem acompanhar a velocidade da transformação dos meios de comunicação e das novas técnicas de cognição do ser humano. A análise é do professor da faculdade paulista Cásper Líbero e ex-assessor de comunicação da Universidade de São Paulo, Walter Lima Júnior. Para ele, na nova configuração do mundo da comunicação, as informações vão competir por relevância e grande parte do conhecimento será organizado em redes sociais digitais.
“As estruturas das universidades são lentas para reagir à modificação abrupta da sociedade. O modelo de aprendizagem está em cheque pela necessidade de atualização constante dos professores e de uma grade voltada para o mundo contemporâneo”, afirma Walter.  UnB.br 19/10
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Expressivos 83% dos brasileiros admitem já ter cometido algum desvio de comportamento -dos mais banais, como estacionar em fila dupla, até vender o voto durante o período eleitoral.
Datafolha sobre ética e corrupção 05/10
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Juristas ignoram o crime de racismo
Tese de doutorado mostra que apenas uma em cada 17 ocorrências vira ação penal. E a maioria delas acaba arquivada
O autor da pesquisa Direitos Humanos e as práticas de racismo. O que faremos com os brancos racistas? é o químico Ivair Augusto dos Santos, militante do movimento negro e assessor especial da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.Ele pesquisou processos e sentenças judiciais em 18 capitais brasileiras. O caso que chamou mais atenção foi o do Rio de Janeiro. Em dois anos e meio, o estado registrou 6.208 processos, mas a maioria não foi enquadrado como crime. “Os juristas ainda não entendem a dor da discriminação. O racismo é simplesmente desconsiderado. É como se não existisse. Os apelidos e piadas preconceituosas são vistos como brincadeira”, ressalta Ivair. UNB.br
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O fosso entre educação e os setores produtivos
“ Com 66% dos doutores permanecendo nas universidades, o que se tem é a máquina pública do ensino superior priorizando a formação dos seus próprios  quadros e concentrando o investimento público na alimentação de sua burocracia e de suas relações de poder.  Isto acaba por criar uma atmosfera fechada de reprodução social de grupos de professores e seus discípulos.  Pior, gera uma rede intricada de benefícios e favores, já que os próprios professores escolhem por meio de concursos os seus alunos para serem os seus futuros colegas. ” Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com



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IDH brasileiro
País se manteve estável, no entanto, no ranking que compara o desenvolvimento humano de 182 nações, na 75ª posição.De 2006 para 2007, o IDH brasileiro passou de 0,808 para 0,813; valores acima de 0,800 representam "alto desenvolvimento humano".
Fazem parte desta elite, que concentra a maioria dos imigrantes, 38 países, liderados por Noruega (0,971), Austrália (0,970) e Islândia (0,969).
“No Brasil, os 10% mais ricos detêm 43% da riqueza nacional, enquanto os 10% mais pobres, apenas 1%. Na Noruega, país que lidera o ranking, os 10% mais ricos concentram 23% da riqueza, enquanto os 10% mais pobres respondem por 4%.”
Outro indicador em que o Brasil destoa dos líderes é o investimento público em educação e saúde. Noruega, Austrália e Islândia investem, respectivamente, 35%, 31% e 36% de seu gasto público nessas áreas.
No Brasil, a proporção é de apenas 22%. O maior desnível acontece na saúde, setor em que o Brasil investe 7% dos gastos, menos da metade do que Noruega (18%), Austrália (17%) e Islândia (18%).

FSP 05/10
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Censura nunca mais
A abolição da Lei de Imprensa traz incerteza jurídica, o que permite seguidos ataques contra o direito à informação.

Completaram-se na semana passada 90 dias de censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", impedido de publicar notícias referentes a uma operação da PF envolvendo o filho do presidente do Senado, José Sarney.
O jornal "O Povo", do Ceará, foi proibido por decisão judicial de noticiar o andamento de um processo sobre o jogo do bicho naquele Estado. Na Bahia, o jornal "A Tarde" conheceu a censura prévia para quaisquer notícias a respeito de um desembargador, acusado de suposta venda de votos. Em Florianópolis, decidiu-se pela apreensão de um jornal (e a retirada de seu site na internet) por trazer acusações contra o prefeito da cidade. Nesta Folha, o colunista José Simão teve silenciados seus comentários humorísticos a respeito de uma atriz de telenovela.
A defesa da plena liberdade de expressão e do direito à informação não exclui, por certo, que jornalistas e órgãos de comunicação venham a ser responsabilizados pelos deslizes e abusos que cometam. Nos planos penal e civil, a sociedade conta com mecanismos capazes de coibir violações da honra e da privacidade dos cidadãos. FSP  03/11


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Brasil é o 13º maior produtor de artigos científicos do mundo.
Mesmo alcançando a 13ª colocação em termos de produção de artigos científicos e colaborando com 2,5% da produção científica, o Brasil ainda carece de espírito inovador na área de Biotecnologia. Essas e outras informações sobre o setor foram transmitidas para alunos e docentes da UnB na palestra Biotecnologia: Gargalos e Desafios, proferida pela professora da UnB e membro do comitê de Biotecnologia da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Maria Sueli Felipe. UnB.br 29/10
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Igualdade utópica
“As ações da polícia na periferia  refletem a maneira como a sociedade, em geral, encara seus pobres.  A sociedade brasileira, com esse sistema de desigualdade social, acaba segregando uma grande parcela dela para os guetos, e essas pessoas não são vistas como iguais a todas as outras. As forças de segurança, quando têm que intervir em qualquer coisa, simples ocorrências do cotidiano, acabam usando uma força totalmente desproporcional e uma atuação sem controle".
“ A falta de investigações para abusos policiais e a impunidade, na imensa maioria dos casos, contribuem para a agitação da comunidade. Normalmente, em casos que envolvem excessos policiais, as investigações são extremamente superficiais e acabam não chegando em lugar nenhum. É exceção que uma armação e um excesso feitos pela polícia acabem sendo desvendado" Coordenador auxiliar do Núcleo Especial de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo Antonio Maffezoli Leite. Brasil de Fato 21/10/09

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Redação nota dez Correioweb 11/10

Por Dad Squarisi
dadsquarisi.df@diariosassociados.com.br

Escrever é mandar recado.
E a dissertação do vestibular? É recado. Então por que aquele frio na espinha? Só de pensar nela as mãos ficam geladas. O coração dispara. O suor jorra. Os sintomas têm um nome – medo. Do quê? O que apavora é não ter nada para dizer. Qual a saída? Ser esperto. Você já leu muitos livros, revistas e jornais. Viu milhares de filmes. Conversou sobre variados assuntos. Assistiu a incontáveis telejornais. Está pra lá de preparado. Tem assunto pra dar e vender. Na hora de dar seu recado, fique calmo. E siga as dicas.
1 – Respire fundo. Três vezes. Devagarinho. Deixe o ar chegar lá em baixo, no fundão da barriga. Visualize o umbigo. Sorria para ele. Por dentro e por fora.
2 – Leia o tema da redação. Entenda-o. Faça as outras provas. Enquanto você resolve questões de português, física, história, a cabeça vai pensando. Vai se organizando. Quietinha. Na hora de redigir, as idéias fluem como num passe de mágica. É só pôr no papel.
3 – Planeje o texto: delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias capazes de sustentar sua tese. Depois, faça um plano como o proposto no esqueminha:
Tema: o assunto geral do texto.
Delimitação do tema: aspecto do tema que vai ser tratado.
Objetivo: aonde você quer chegar com seu texto?
Idéias do desenvolvimento: argumentos, exemplos, comparações, confrontos e tudo que ajudar na sustentação do ponto de vista que você quer defender.
4 – Vai um exemplo de plano:
Tema: Brasília
Delimitação: turismo em Brasília
Objetivo
: informar as opções de turismo em Brasília
Idéias
de desenvolvimento: Brasília monumental (palácios, catedral, torre, superquadras), Brasília ecológica (parques, cachoeiras), Brasília mística (Vale do Amanhecer, Cidade da Paz).
Com o plano feito, é hora de redigir. Mãos à obra.

5 – Comece pelo começo. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declaração, uma citação, uma pergunta, um verso, a letra de uma música. Depois desenvolva a sua tese. Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com um fecho elegante.

6 – Seja natural. Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto um toque humano. Você está escrevendo para pessoas. Gente igual a você.

7 – Use frases curtas. Com elas, você tropeça menos nas vírgulas, nos pontos ou nas reticências. Uma frase longa, ensinou Vinicius de Moraes, não é nada mais que duas curtas.

8 – Ponha as sentenças na forma positiva. Diga o que é, nunca o que não é. Em vez de escrever ele não assiste regularmente às aulas, escreva ele falta com freqüência às aulas.

9 – Prefira palavras curtas e simples. Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Casa, residência ou domicílio? Casa.

10 – Opte pela voz ativa. Ela deixa o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa o desmaiado, sem graça. Compare: Os alunos fizeram a redação. (voz ativa). A redação foi feita pelos alunos. (voz passiva)

11 – Abuse de substantivos e verbos. Seja sovina com adjetivos e advérbios. Eles são os inimigos do estilo enxuto.

12 – Seja conciso. Respeite a paciência do leitor. A frase não deve ter palavras desnecessárias. Por quê? Pela mesma razão que o desenho não deve ter linhas desnecessárias ou a máquina peças desnecessárias.

13 – Revise. Sua redação tem começo, meio e fim? Você defendeu seu ponto de vista? Escreveu parágrafos com tópico frasal e desenvolvimento? Respeitou a correção gramatical? (Redobre os cuidados com a pontuação, a regência, a crase, a concordância. Triplique a atenção com a passiva sintética – do tipo vendem-se carros – com o sujeito posposto ao verbo.)

14 – Avalie. As frases soam bem? Sem cacófatos (por cada, por tão, uma mão, boca dela)? Sem rimas (rigor do calor)? Você começou bem? Terminou melhor? Tenha a certeza: uma vaga da universidade é sua.



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Riscos da navegação na internet para crianças e adolescentes.
10 dicas

Veja abaixo algumas sugestões que podem ajudar a controlar melhor o tipo de conteúdo que crianças têm acesso na internet. Apesar de muito úteis, os especialistas lembram que o diálogo é sempre a melhor maneira de manter seu filho protegido.

1. Estimule seus filhos a compartilharem as experiências deles na internet com você. Navegue
na rede com ele. Conhecer a internet é a melhor forma de ajudar seu filho a evitar as armadilhas. Colocar o computador em uma área movimentada da casa também pode facilitar seu controle sobre o que
ele acessa

2. Ensine seus filhos a confiar em seus instintos. Se algo online os deixa nervosos, eles devem dizer isso a você

3. Se seus filhos visitam salas de bate-papo, utilizam programas de mensagem instantânea, jogos online ou outras atividades na internet que solicitam login e senhas para identificação, ajude-os a escolhê-las e oriente-os para que eles não revelem qualquer informação pessoal

4. Insista para que seus filhos nunca divulguem endereço, número de telefone, escola onde estudam ou qualquer outra informação pessoal. Explique que pessoas mal intencionadas podem utilizar essas informações

5. Ensine seus filhos a diferença entre o que é bom e o que é ruim na internet e compare com situações do mundo real. Mostre para eles que, da mesma forma que na vida real, existem pessoas boas e ruins na rede

6. Mostre aos seus filhos como respeitar os demais online. Certifique-se de que eles saibam que as regras de bom comportamento não mudam somente porque estão em uma máquina

7. Insista para que eles respeitem a propriedade dos outros que estão online. Explique que realizar cópias ilegais do trabalho de outras pessoas (música, vídeos, jogos e outros programas) é roubo

8. Diga aos seus filhos que eles nunca devem marcar um encontro pessoal com amigos virtuais. Explique que os amigos online podem não ser quem dizem que são

9. Ensine a eles que nem tudo o que leem e veem online é verdade. Estimule-os a perguntarem, se não estão seguros da veracidade das coisas na rede

10. Controle a atividade online dos seus filhos com softwares avançados de internet. A proteção infantil pode filtrar conteúdo prejudicial, supervisionar os sites que seu filho visita e averiguar o que ele faz neles. Acima de tudo, oriente-o sempre sobre os perigos da internet . Fonte: ONG SaferNet


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O fosso entre educação e os setores produtivos
“ Destoando-se de todos os sistemas educacionais que são mais produtivos, o ensino médio brasileiro não oferece as oportunidades diversificadas de profissionalização aos mais jovens. Só há uma opção de ensino médio, então, todos que sobrevivem ao funil educacional, são obrigados a se submeterem a uma lógica de formação exclusiva para o enfrentamento de vestibulares. Não há oferta de formação de profissional para atender a demanda, e a matrícula no ensino técnico não chega a atingir 900 mil alunos no Brasil.” Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com


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Música no Brasil é prisioneira da canção
Debate cultural ignora contribuição da produção contemporânea erudita

"Se você perguntar a um intelectual brasileiro quais são seus artistas preferidos, ele responderá: Guimarães Rosa, Joyce, Kafka, Volpi, Bergman, Glauber Rocha, Caetano e Chico. Nem Villa-Lobos ou Stravinsky vão passar pela cabeça dele. A música erudita de nosso tempo não existe para a classe culta brasileira." Esse diagnóstico preciso foi fornecido pelo compositor Gilberto Mendes.
Ele indicava uma estranha ausência no "sistema nacional das artes": a ausência de debate e interesse pela produção musical das últimas décadas.
Haverá céticos que dirão que temos uma música popular que é estudada em universidades. Música que levou maestros como Kurt Mansur a dizer que não precisamos de clássicos e contemporâneos porque temos boa produção popular.
Não se trata de reeditar aqui uma querela bizantina entre música popular e erudita, mas é inegável que algo acontece quando um país é incapaz de ver, em uma música que não seja a popular, um momento fundamental de sua reflexão cultural. Da mesma forma que algo de peculiar aconteceria se um país reduzisse seu sistema literário à produção de crônicas.
VLADIMIR SAFATLE é professor do departamento de filosofia da USP FSP  23/10


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“Se no final do século XIX foi marcado pelo niilismo, ou descrença, os últimos anos do século XX e início do XXI apresenta-se como característica o narcisismo. Uma sociedade é narcisista quando é mais valorizado o ter que o ser . Quando a busca da notoriedade substitui a da dignidade.”
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O fosso entre educação e os setores produtivos
“ A ciência para se desenvolver precisa de confronto de ideias, de experimentos e de metodologias, da curiosidade cultivada ao extremo, da rebeldia teórica e de muito treinamento e dedicação. Não se forma um verdadeiro cientista em ambientes fechados que se autoreproduzem em função somente de suas demandas e acordos. O resultado disto tudo é a falta de oferta de cérebros para os setores que demandam criatividade, ousadia e espírito empreendedor, tudo que motiva, fortalece e gera riquezas para o País. “ Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com


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“O objetivo de uma economia não é o ganho, mas sim o bem-estar de toda a população. O crescimento econômico não é um fim, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas. Não importa como chamamos os regimes que buscam essa finalidade. Importa unicamente como e com quais prioridades saberemos combinar as potencialidades do setor público e do setor privado nas nossas economias mistas. Essa é a prioridade política mais importante do século XXI. Segundo Hobsbawn, todos os países do Leste, assim como os do Oeste, devem sair da ortodoxia do crescimento econômico a todo custo e dar mais atenção à equidade social. Os países ex-soviéticos, afirma, ainda não superaram as dificuldades da transição para o novo sistema.” A análise é de Eric J. Hobsbawm, historiador inglês e membro da Academia Britânica de Ciências. Tirado do  texto que foi publicado no jornal La Repubblica, em 09-10-2009

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Necessitando pensar, pensei que é esquisito este costume de viverem os machos apartados das fêmeas. Quando se entendem, quase sempre são levados por motivos que se referem ao sexo. Vem daí talvez a malícia excessiva que há em torno de coisas feitas inocentemente. Dirijo-me a uma senhora, e ela se encolhe e se arrepia toda.
Se não se encolhe nem se arrepia, um sujeito que está de fora jura que há safadeza no caso
.Graciliano Ramos


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“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato
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“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira

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Suco a base de vegetais pode ajudar na perda de peso

Beber diariamente pelo menos um copo de suco a base de vegetais, pobre em sódio, pode ajudar pessoas com excesso de peso e síndrome metabólica a emagrecer. Estudo conduzido pelo Baylor College of Medicine, evidenciou uma perda de peso de 2 kg após 12 semanas de estudo, enquanto os participantes que não beberam o suco perderam apenas 0,5 kg. Ambos os grupos também foram orientados a ingerir a dieta DASH (recomendada para o controle da pressão - com ênfase no uso de carnes magras, cereais integrais, frutas e verduras). O que este estudo mostra é que passos simples, como o consumo de sucos de vegetais, associados a dietas balanceadas é um excelente passo não só para a redução do peso mas também para a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas.

Exemplos de sucos de vegetais (você pode batê-los com laranja, maçã, limão, maracujá...):
- Broto de alfafa + couve
- Couve + Brócolis
- Pepino + Cenoura + Alface
- Couve + Espinafre + Hortelã


Covardia em pleno Plano Piloto/ Brasília
Bandidos matam idoso na Asa Norte
Crime ocorreu na SQN 116. Homem de 67 anos deixou agência bancária com R$ 4.087 e foi abordado pouco depois por um dos criminosos. Vítima teria reagido ao assalto.

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Memória
Julho de 2002
O advogado Pedro Carlos Martins Bahia, 37 anos, morreu assassinado após sair de uma agência bancária na 706/707 Norte. Os bandidos fugiram com R$ 24 mil em notas de R$ 10 e R$ 50. O roubo ocorreu por volta das 13h.
Dezembro de 2008
Assalto a um carro-forte nas proximidades do Banco do Brasil da 504 Norte resultou na morte do vigilante Joel Gomes de Oliveira Júnior, de 37 anos, com um tiro na cabeça. Outro segurança, João Luiz Pereira dos Santos, foi atingido na região do tórax.

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Fique atento
Comportamentos de segurança que pode reduzir as chances de ser alvo dos bandidos:
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 O uso de cartões e transferências por meios eletrônicos diminui as chances de assalto porque a pessoa não trabalha com dinheiro em espécie;
  Se houver necessidade de realizar saque, faça-o em pequenas quantias. Evite andar com quantias vultosas em dinheiro desnecessariamente;
  Para realizar saques, não vá a agências grandes. Procure as menores em locais movimentados, como shoppings e supermercados;
  Se houver necessidade de sacar grandes quantias, procure ir acompanhado de outras pessoas. Caso esse saque seja realizado semanalmente, é importante não fazer sempre na mesma agência e variar inclusive a forma de sacar o dinheiro. Fonte: Correioweb 21/11

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“Por um lado, ter um inimigo é muito ruim. Perturba nossa paz mental e destrói algumas de nossas coisas boas. Mas, se vemos de outro ângulo, somente um inimigo nos dá a oportunidade de exercer a paciência. Ninguém mais do que ele nos concede a oportunidade para a tolerância. Já que não conhecemos a maioria dos cinco bilhões de seres humanos nesta terra, a maioria das pessoas também não nos dá oportunidade de mostrar tolerância ou paciência. Somente essas pessoas que nós conhecemos e que nos criam problemas é que realmente nos dão uma boa chance de praticar a tolerância e a paciência. ”

Dalai Lama
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Para conhecer a cultura afro-brasileira


Em 20 de novembro comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A data foi instituída para lembrar o assassinato de Zumbi, um dos últimos líderes dos Palmares, que se transformou em símbolo da resistência negra à escravidão e da luta pela liberdade. Que tal ler esses livros para conhecer a cultura afro-brasileira
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Aventuras de Luana
Em Capoeira e liberdade, a menina Luana, de 8 anos, volta a contar as histórias e as tradições de seu povo. Agora, ela parte em busca de um berimbau perdido há muito tempo e resgata parte da história dos negros. Editora FTD; autores: Aroldo Macedo e Oswaldo Faustino; 62 páginas; R$ 22,30.
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Conto de Angola
A árvore dos gincongos é um conto infantil da autora angolana Maria Celestina Fernandes e ganha vida nas mãos do ilustrador candango Jô Oliveira. O conto traz a crença de que os gincongos, os gêmeos, são enviados da deusa das águas Kyândá e, por isso, são seres especiais, de grande sensibilidade e que não podem ser contrariados. Coleção Histórias de além mar; editora Difusão Cultural do Livro; 40 páginas; R$ 28.
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Abecedário
ABC afro-brasileiro traz toda a herança africana no Brasil: tradições, histórias e músicas. Cada letra apresenta um verbete, e as ilustrações, de cores fortes e vibrantes, trazem elementos da cultura afro-brasileira. Editora SM; autora e ilustradora: Carolina Cunha; 48 páginas; R$ 30.
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Dias de santos e heróis
Esse livro apresenta ao pequeno leitor a história por trás das datas comemorativas que ilustram nossos calendários. Além do Dia Nacional da Bandeira Nacional, do Dia do Índio, por exemplo, destaca o Dia Nacional da Consciência Negra. Editora Promo; autora: Rosângela Vieira Rocha; ilustradora: Marilena Saito; 48 páginas; R$ 34,90.

Correioweb 15.11

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“A renda do trabalho no Nordeste do Brasil vem crescendo 7,27 % ao ano desde 2003, ante 5,13 % da média brasileira. De setembro de 2008 a setembro deste ano, o Nordeste apresentou o maior crescimento em vagas formais de trabalho do país. São números emblemáticos, para derrubar as teses de que a região só cresce graças aos programas de transferência de renda.”  Marcelo Neri, economista da Fundação Getúlio Vargas.
www.exame.com.br (04/11/2009)
www.fgv.com.br

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O tempo da cultura
ÁNGELES GONZÁLEZ-SINDE REIG
AS RELAÇÕES entre nossos países estão vivendo o melhor período da sua história. Para esse fortalecimento contribui a consolidação das democracias ibero-americanas, a sintonia política entre os dois lados e a necessidade de que enfrentemos juntos os desafios atuais.
Hoje, a dimensão dos obstáculos e das oportunidades que compartilhamos é maior que a conhecida por qualquer outra geração anterior.
Por isso, o futuro de qualquer sociedade depende tanto de um bom governo dentro das fronteiras quanto da capacidade institucional de cooperar agilmente no cenário internacional.
Pode-se afirmar, portanto, que a história nos aproxima e que o presente nos acerca, mas que nada pode nos unir mais que o futuro. Um futuro em que a cultura tem que ser a protagonista.

No âmbito pessoal, incentivar a cultura é investir na liberdade, é dotar cada cidadã e cada cidadão de mais ferramentas para que se desenvolvam individualmente.
Mas, se a cultura nos cultiva, é não somente porque aumenta as nossas capacidades mas também porque nos nutre de valores imprescindíveis, como a responsabilidade e o compromisso, o esforço e a tolerância. Ela altera o modo como nos vemos e, ao fazê-lo, melhora nossa autoestima -e, ademais, transforma nossa maneira de ver os outros.
Por essa mesma razão, no âmbito cívico, incentivar a cultura significa fortalecer a convivência, reforçar o respeito e lutar contra todas as formas de discriminação.
Por isso é que devemos nos esforçar para que aqueles que têm mais barreiras para acessar a cultura ou se expressar artisticamente tenham a oportunidade de superar o atual abismo cultural que ainda persiste nas nossas sociedades.
É necessário termos sempre muito presente que os benefícios que a cultura pode trazer não são somente aqueles mensuráveis, numeráveis.
Há também os benefícios imateriais -que são, curiosamente, os que mais geram riquezas no médio e no longo prazos, como a preservação da diversidade ou a luta contra a exclusão social.
Não é fruto do acaso que as sociedades mais avançadas, as que contam com os melhores índices de bem-estar, sejam sempre aquelas em que a pluralidade e o acesso à cultura estão mais garantidos.
No âmbito econômico, impulsionar a cultura implica modernizar o tecido produtivo dos nossos países, acabar completamente com o modelo da depredação e avançar em direção a um modelo mais centrado na inteligência e na sensibilidade.
Os antigos gregos definiam as crises como os períodos em que o velho terminava de desaparecer e o novo terminava de nascer. O final do neoliberalismo, da cosmovisão despreocupada com a igualdade e obcecada pelo consumo rápido e pelos benefícios do curto prazo, proporciona a nós a intuição de uma ocasião que, juntos, devemos usar não só para aproveitar as oportunidades empresariais, não só para projetar em alta definição a imagem dos nossos países, mas também para melhorar a qualidade de vida das futuras gerações.
ÁNGELES GONZÁLEZ-SINDE REIG , roteirista e diretora de filmes, é ministra da Cultura da Espanha. Fonte : (FSP 02/10)


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Profissionais que consomem cultura trabalham melhor

Ir ao cinema e ler livros vão além do entretenimento. Segundo especialistas em carreira, profissionais que consomem cultura trabalham melhor e são mais criativos. Logo, cobiçados pelas empresas
“Nunca me perguntes o assunto de um poema. Um poema sempre fala de outras coisas”, diz Mário Quintana em seu livro Da preguiça como método de trabalho. E são exatamente essas outras coisas, minúcias que transcendem o cotidiano, que especialistas em carreira recomendam a profissionais interessados em tornar o ambiente de trabalho mais agradável e, consequentemente, mais produtivo. “A formação cultural é suplemento da formação técnica. Ela vai ser a responsável pela compreensão diferenciada da realidade, o que é muito valorizado nas empresas”, analisa Priscila Azevedo, coordenadora do Departamento de Carreiras da Veris Faculdade/ IBMEC Educacional.

Conhecer outras realidades, sentir culturas diferentes e fugir da visão do dia a dia ajudam o profissional a aumentar o seu rendimento e a livrar-se do esgotamento de idéias, comum no mundo empresarial. “Nas empresas, tudo é muito corrido, assim, quem tem uma bagagem cultural e consegue fazer a conexão com o que trabalha sai na frente”, aposta Márcia Garcia, diretora do Grupo Labor.

Foi o que percebeu o chefe e os colegas de trabalho de Samya Mileine, 23 anos. A bancária sempre gostou de ir a peças teatrais, tanto que um dia se inscreveu em uma oficina de teatro oferecida pelo Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. Hoje, ela e outros bancários montaram uma companhia. “O teatro melhorou meu trabalho, isso repercutiu de tal maneira que vários colegas já me perguntaram quando será a próxima oficina para eles também participarem”, conta a brasiliense.

O consumo de cultura e arte geralmente é feito em seus momentos de lazer. Por isso, mesmo que a cultura seja importante na carreira, as escolhas pessoais por entretenimento não podem ser baseadas somente no pensamento da empresa, mas sim nas preferências pessoais. Até porque dificilmente alguém absorve o que não gosta no seu tempo vago.

“Ninguém diz: você precisa saber isso ou aquilo para fazer o diferencial. É toda uma bagagem que você vai adquirindo com o tempo”, comenta Fábio Saad, gerente de mercado financeiro da recrutadora Robert Half. “Além disso, o funcionário nunca sabe em que situação vai ter que usar seus conhecimentos. Não dá para prever. Por isso, é preciso estar sempre aberto a todas as manifestações culturais. Pode ser que surja um cliente de outro país e é bom você conhecer a cultura dele, por exemplo”, complementa Carmen Cavalcanti, diretora da Rhaiz Soluções em Recursos Humanos.

Sempre
bem-vindo
Assim, o profissional não precisa ter vergonha de suas preferências, seja porque elas não são as mais sofisticadas, como frequentar uma exposição ou ir a um cinema alternativo, seja porque não são o que está na moda. Uma hora ou outra, ele pode usar um conhecimento que nunca imaginou que pudesse ser necessário. “Quando falamos em cultura, abrangemos várias coisas. Toda hora, você demonstra cultura, então, o que é chamado cultura inútil também é bem-vindo”, acredita Fábio Saad, gerente de mercado financeiro da recrutadora Robert Half.

Dessa forma, o gosto pela arte, pela música e pela literatura pode gerar afinidades tanto com colegas de trabalho quanto com clientes, o que aumenta a rede de relacionamentos e melhora o trabalho em equipe. “A cultura é muito rotulada, o profissional tem que saber que a empresa e o recrutador não estão avaliando o tipo de cultura, mas se ele se interessa por alguma coisa extra”, analisa Carmen Cavalcanti, diretora da Rhaiz Soluções em Recursos Humanos. Já a diretora Márcia Garcia adota uma postura mais ponderada. “O profissional tem que levar para a empresa o que realmente for necessário para o crescimento em seu trabalho.”

Apesar de as empresas desejarem que seus funcionários cheguem com uma boa formação cultural, é preciso também que elas invistam nesse processo. Essa é a opinião da coordenadora do Programa de Arte e Cultura da Universidade Católica de Brasília, Renata Sthepanes. Segundo ela, as organizações também devem dar a sua colaboração para o ócio criativo dos funcionários. “O empresário pode promover um coral ou uma feira de talentos, isso vai melhorar a imagem da empresa e aumentar os rendimentos”, analisa a coordenadora que já organizou grupos de coral em duas empresas em São Paulo. “A resposta sempre é positiva”, garante.  Correioweb 26/10 



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JUDICIÁRIO
A Justiça erra, um homem paga

Aldenor Ferreira da Silva foi condenado em 1995 por homicídio ocorrido em 1980. Mas a vítima — bem viva — acabou presa anos depois do suposto crime. Somente ontem, desembargadores do DF reconheceram oficialmente a grave falha.

CrB 10/11
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JUDICIÁRIO
Injustiça uma dor irreparável
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Condenado a 20 anos de prisão por latrocínio em 2003, Aldo José Rodrigues chegou a ficar 14 meses na cadeia. Mas o rapaz é inocente

Após apontar falhas no processo, ausência de provas e arbitrariedades de um juiz de primeira instância, além de ilegalidades cometidas por policiais, desembargadores também mandaram soltar e anular a pena de um verdureiro morador da área rural de Planaltina condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por latrocínio (roubo com morte).

Quando foi preso, na primeira hora de 27 de agosto de 2003, Aldo José Silva Rodrigues tinha a saúde perfeita. Quase 14 meses depois, quando magistrados ordenaram a sua soltura imediata, ele deixou o a penitenciária da Papuda 20kg mais magro, surdo de um ouvido, com a audição diminuída no outro e órgãos intestinais inutilizados. A debilidade é consequência de espancamentos e da falta de assistência, segundo médicos e a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. CrB 12/11


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Menos vagas para pobres que estudam

“As relações sociais entre ricos e pobres ainda expõem as desigualdades do país, que premia os mais abastados em detrimento dos trabalhadores de menor renda, independentemente da escolarização. Ser pobre, nas regiões metropolitanas brasileiras, é estar praticamente desempregado. É estranha a interpretação de que quanto maior a escolaridade (do trabalhador), maior é a chance de emprego, porque isso não ocorre com os mais pobres. Há uma barreira, do ponto de vista da inserção, para trabalhadores pobres, apesar da escolaridade. É o chamado QI, ou quem indica. Isso não ocorre com os menos escolarizados, porque esses não dependem das relações sociais para conseguir emprego” Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcio Pochmann. Correioweb 23/09
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Reajuste escolar é o dobro da inflação
Pagar pela educação dos filhos exigirá sacrifícios no ano que vem. O preço da mensalidade nas escolas particulares de Brasília vai subir até 11% em 2010. O percentual é muito superior à inflação registrada nos últimos 12 meses — 4,36%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). O sindicato das instituições de ensino (Sinepe) recomendou um aumento entre 6,5% e 7%, mas diversos colégios já anunciaram valores acima desse patamar.
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Preços de remédios, consultas médicas e planos de saúde sobem acima da inflação no Distrito Federal

Como é caro cuidar da saúde em Brasília. Levantamento do Correio, com dados da Fundação Getulio Vargas, mostra que produtos e serviços médicos tiveram aumento acima da inflação, acumulada em 5,2% nos últimos 12 meses. O quadro é alarmante: os remédios subiram 6,67%; os planos de saúde, 6,2%; e as diárias hospitalares e consultas médicas estão ao menos 6,3% mais caras na comparação com outubro do ano passado. Quem frequenta farmácias sabe que os limites de preço impostos pelo governo pouco ajudam na hora de pôr a mão no bolso. “Você pode conseguir um remédio por um preço mais barato em uma farmácia, mas o outro é mais caro nesta farmácia. Aí quando compra todos acaba ficando tudo igual”, reclama o aposentado de 67 anos José de Souza, que gasta R$ 300 por mês em medicamentos para ele e a mulher. CrB 24/10


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Brasiliense importa 80% dos alimentos que consome.
Das mais de 28 mil toneladas de legumes, frutas e verduras vendidas em agosto pela Ceasa, cerca de 22 mil vieram de outros estados e países. Correioweb 26/09
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Preços de remédios, consultas médicas e planos de saúde sobem acima da inflação no Distrito Federal

Como é caro cuidar da saúde em Brasília. Levantamento do Correio, com dados da Fundação Getulio Vargas, mostra que produtos e serviços médicos tiveram aumento acima da inflação, acumulada em 5,2% nos últimos 12 meses. O quadro é alarmante: os remédios subiram 6,67%; os planos de saúde, 6,2%; e as diárias hospitalares e consultas médicas estão ao menos 6,3% mais caras na comparação com outubro do ano passado. Quem frequenta farmácias sabe que os limites de preço impostos pelo governo pouco ajudam na hora de pôr a mão no bolso. “Você pode conseguir um remédio por um preço mais barato em uma farmácia, mas o outro é mais caro nesta farmácia. Aí quando compra todos acaba ficando tudo igual”, reclama o aposentado de 67 anos José de Souza, que gasta R$ 300 por mês em medicamentos para ele e a mulher. CrB 24/10


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Consumo como ato de solidariedade
"Ao consumir -comprar, usar ou descartar produtos ou serviços-, podemos tentar impactar positivamente a sociedade e o planeta. Ao não desperdiçarmos recursos naturais; ao comprarmos produtos de empresas que investem em comunidades, funcionários e meio ambiente; ao preferirmos comprar de cooperativas de economia solidária; ao usarmos o que temos até que tenha esgotado a sua vida útil; ao nos perguntar se realmente precisamos do que vamos comprar; ao usarmos o que compramos com profundo respeito pelo fato de o produto conter parte da natureza em suas matérias-primas; ao reciclar ao máximo tudo o que for reaproveitável; em cada um desses pequenos gestos estaremos fazendo algo pelos outros, e não apenas por nós mesmos".
Fábio Padula (ambientalista)

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O fosso entre educação e os setores produtivos
“O esquema que impregnou as universidades brasileiras nos últimos anos virou uma máquina de produzir funcionários públicos que precisarão de mais impostos e verbas para tocarem suas atividades no Estado. Segundo um levantamento realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – recentemente divulgado, apenas 1,9 % dos 26 mil doutores brasileiros, atualmente empregados, está na indústria, enquanto 66% permaneciam na universidade e outros 18% no setor público.  A educação superior é descolada do setor produtivo e voltada para o seu próprio umbigo. ” Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com

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Envelhecer com Jovialidade
Nada mais ridículo do que os idosos que se recusam a aceitar os sinais de velhice e buscam todo tipo de tratamento estético para encobri-los. Esquecem que jovialidade não é uma questão de aparência, e sim de cabeça. Conheço velhos gagás com apenas 30 anos e pessoas joviais com 92, como é o caso de minha mãe, que lê dois jornais por dia, acompanha o noticiário televisivo e participa de movimentos de reflexão e solidariedade.
É preciso saber envelhecer com sabedoria. E os antigos, como Aristóteles, já nos prescreviam a receita: amizades, exercícios físicos, alimentação saudável e cultivo da espiritualidade.
Envelhecemos irremediavelmente quando deixamos de sonhar de olhos abertos.
Frei Betto é escritor, autor de “Aquário negro” (contos), editora Agir, entre outros livros.
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“Se há um serviço que devesse socializar-se, inteiramente coberto por orçamento público e administrado por conselho misto participativo da sociedade é a educação.
Escola pública para todos, sem discriminação de cidadãos, com os mesmos critérios de qualidade e eficiência. Os impostos progressivos justificam a presença de todos no mesmo e universal sistema escolar. Todos, igualmente, teriam acesso ao mesmo conhecimento. Alcançariam o mesmo nível de oportunidade de propor sua participação e oferecer sua criatividade em benefício da sociedade. Estariam garantidas a liberdade e a democracia.” EUGÊNIO GIOVENARDI


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Comer em frente à TV
 Esse é um grande erro, um verdadeiro absurdo
Não é de pé, não é deitado, não é lendo revista. Lugar de se alimentar é sentado à mesa, prestando atenção naquilo que está comendo
É preciso mastigar bem a comida

SÔNIA TRECCO, chefe do Serviço de Atendimento Ambulatorial do HC de São Paulo FSP 17.02

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A maioria da população tem hábitos muito ruins, que mais cedo ou mais tarde terão repercussões sérias na saúde
As pessoas aprenderam com a mãe e com a avó que a comida tem de ser pesada... Acham que comer bem é deixar o estômago cheio

LUIZ VICENTE BERTI presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
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Ensino universitário não acompanha mudanças da era digital
As universidades estão em crise e não conseguem acompanhar a velocidade da transformação dos meios de comunicação e das novas técnicas de cognição do ser humano. A análise é do professor da faculdade paulista Cásper Líbero e ex-assessor de comunicação da Universidade de São Paulo, Walter Lima Júnior. Para ele, na nova configuração do mundo da comunicação, as informações vão competir por relevância e grande parte do conhecimento será organizado em redes sociais digitais.
“As estruturas das universidades são lentas para reagir à modificação abrupta da sociedade. O modelo de aprendizagem está em cheque pela necessidade de atualização constante dos professores e de uma grade voltada para o mundo contemporâneo”, afirma Walter.  UnB.br 19/10
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Expressivos 83% dos brasileiros admitem já ter cometido algum desvio de comportamento -dos mais banais, como estacionar em fila dupla, até vender o voto durante o período eleitoral.
Datafolha sobre ética e corrupção 05/10
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Juristas ignoram o crime de racismo
Tese de doutorado mostra que apenas uma em cada 17 ocorrências vira ação penal. E a maioria delas acaba arquivada
O autor da pesquisa Direitos Humanos e as práticas de racismo. O que faremos com os brancos racistas? é o químico Ivair Augusto dos Santos, militante do movimento negro e assessor especial da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.Ele pesquisou processos e sentenças judiciais em 18 capitais brasileiras. O caso que chamou mais atenção foi o do Rio de Janeiro. Em dois anos e meio, o estado registrou 6.208 processos, mas a maioria não foi enquadrado como crime. “Os juristas ainda não entendem a dor da discriminação. O racismo é simplesmente desconsiderado. É como se não existisse. Os apelidos e piadas preconceituosas são vistos como brincadeira”, ressalta Ivair. UNB.br
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O fosso entre educação e os setores produtivos
“ Com 66% dos doutores permanecendo nas universidades, o que se tem é a máquina pública do ensino superior priorizando a formação dos seus próprios  quadros e concentrando o investimento público na alimentação de sua burocracia e de suas relações de poder.  Isto acaba por criar uma atmosfera fechada de reprodução social de grupos de professores e seus discípulos.  Pior, gera uma rede intricada de benefícios e favores, já que os próprios professores escolhem por meio de concursos os seus alunos para serem os seus futuros colegas. ” Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com



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IDH brasileiro
País se manteve estável, no entanto, no ranking que compara o desenvolvimento humano de 182 nações, na 75ª posição.De 2006 para 2007, o IDH brasileiro passou de 0,808 para 0,813; valores acima de 0,800 representam "alto desenvolvimento humano".
Fazem parte desta elite, que concentra a maioria dos imigrantes, 38 países, liderados por Noruega (0,971), Austrália (0,970) e Islândia (0,969).
“No Brasil, os 10% mais ricos detêm 43% da riqueza nacional, enquanto os 10% mais pobres, apenas 1%. Na Noruega, país que lidera o ranking, os 10% mais ricos concentram 23% da riqueza, enquanto os 10% mais pobres respondem por 4%.”
Outro indicador em que o Brasil destoa dos líderes é o investimento público em educação e saúde. Noruega, Austrália e Islândia investem, respectivamente, 35%, 31% e 36% de seu gasto público nessas áreas.
No Brasil, a proporção é de apenas 22%. O maior desnível acontece na saúde, setor em que o Brasil investe 7% dos gastos, menos da metade do que Noruega (18%), Austrália (17%) e Islândia (18%).

FSP 05/10
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Censura nunca mais
A abolição da Lei de Imprensa traz incerteza jurídica, o que permite seguidos ataques contra o direito à informação.

Completaram-se na semana passada 90 dias de censura ao jornal "O Estado de S. Paulo", impedido de publicar notícias referentes a uma operação da PF envolvendo o filho do presidente do Senado, José Sarney.
O jornal "O Povo", do Ceará, foi proibido por decisão judicial de noticiar o andamento de um processo sobre o jogo do bicho naquele Estado. Na Bahia, o jornal "A Tarde" conheceu a censura prévia para quaisquer notícias a respeito de um desembargador, acusado de suposta venda de votos. Em Florianópolis, decidiu-se pela apreensão de um jornal (e a retirada de seu site na internet) por trazer acusações contra o prefeito da cidade. Nesta Folha, o colunista José Simão teve silenciados seus comentários humorísticos a respeito de uma atriz de telenovela.
A defesa da plena liberdade de expressão e do direito à informação não exclui, por certo, que jornalistas e órgãos de comunicação venham a ser responsabilizados pelos deslizes e abusos que cometam. Nos planos penal e civil, a sociedade conta com mecanismos capazes de coibir violações da honra e da privacidade dos cidadãos. FSP  03/11


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Brasil é o 13º maior produtor de artigos científicos do mundo.
Mesmo alcançando a 13ª colocação em termos de produção de artigos científicos e colaborando com 2,5% da produção científica, o Brasil ainda carece de espírito inovador na área de Biotecnologia. Essas e outras informações sobre o setor foram transmitidas para alunos e docentes da UnB na palestra Biotecnologia: Gargalos e Desafios, proferida pela professora da UnB e membro do comitê de Biotecnologia da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Maria Sueli Felipe. UnB.br 29/10
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Igualdade utópica
“As ações da polícia na periferia  refletem a maneira como a sociedade, em geral, encara seus pobres.  A sociedade brasileira, com esse sistema de desigualdade social, acaba segregando uma grande parcela dela para os guetos, e essas pessoas não são vistas como iguais a todas as outras. As forças de segurança, quando têm que intervir em qualquer coisa, simples ocorrências do cotidiano, acabam usando uma força totalmente desproporcional e uma atuação sem controle".
“ A falta de investigações para abusos policiais e a impunidade, na imensa maioria dos casos, contribuem para a agitação da comunidade. Normalmente, em casos que envolvem excessos policiais, as investigações são extremamente superficiais e acabam não chegando em lugar nenhum. É exceção que uma armação e um excesso feitos pela polícia acabem sendo desvendado" Coordenador auxiliar do Núcleo Especial de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo Antonio Maffezoli Leite. Brasil de Fato 21/10/09

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Redação nota dez Correioweb 11/10

Por Dad Squarisi
dadsquarisi.df@diariosassociados.com.br

Escrever é mandar recado.
E a dissertação do vestibular? É recado. Então por que aquele frio na espinha? Só de pensar nela as mãos ficam geladas. O coração dispara. O suor jorra. Os sintomas têm um nome – medo. Do quê? O que apavora é não ter nada para dizer. Qual a saída? Ser esperto. Você já leu muitos livros, revistas e jornais. Viu milhares de filmes. Conversou sobre variados assuntos. Assistiu a incontáveis telejornais. Está pra lá de preparado. Tem assunto pra dar e vender. Na hora de dar seu recado, fique calmo. E siga as dicas.
1 – Respire fundo. Três vezes. Devagarinho. Deixe o ar chegar lá em baixo, no fundão da barriga. Visualize o umbigo. Sorria para ele. Por dentro e por fora.
2 – Leia o tema da redação. Entenda-o. Faça as outras provas. Enquanto você resolve questões de português, física, história, a cabeça vai pensando. Vai se organizando. Quietinha. Na hora de redigir, as idéias fluem como num passe de mágica. É só pôr no papel.
3 – Planeje o texto: delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias capazes de sustentar sua tese. Depois, faça um plano como o proposto no esqueminha:
Tema: o assunto geral do texto.
Delimitação do tema: aspecto do tema que vai ser tratado.
Objetivo: aonde você quer chegar com seu texto?
Idéias do desenvolvimento: argumentos, exemplos, comparações, confrontos e tudo que ajudar na sustentação do ponto de vista que você quer defender.
4 – Vai um exemplo de plano:
Tema: Brasília
Delimitação: turismo em Brasília
Objetivo
: informar as opções de turismo em Brasília
Idéias
de desenvolvimento: Brasília monumental (palácios, catedral, torre, superquadras), Brasília ecológica (parques, cachoeiras), Brasília mística (Vale do Amanhecer, Cidade da Paz).
Com o plano feito, é hora de redigir. Mãos à obra.

5 – Comece pelo começo. Escolha uma frase bem atraente. Pode ser uma declaração, uma citação, uma pergunta, um verso, a letra de uma música. Depois desenvolva a sua tese. Cada idéia num parágrafo. Por fim, conclua. Com um fecho elegante.

6 – Seja natural. Imagine que o leitor esteja à sua frente ou ao telefone conversando com você. Fique à vontade. Espaceje suas frases com pausas. Sempre que couber, introduza uma pergunta direta. Confira a seu texto um toque humano. Você está escrevendo para pessoas. Gente igual a você.

7 – Use frases curtas. Com elas, você tropeça menos nas vírgulas, nos pontos ou nas reticências. Uma frase longa, ensinou Vinicius de Moraes, não é nada mais que duas curtas.

8 – Ponha as sentenças na forma positiva. Diga o que é, nunca o que não é. Em vez de escrever ele não assiste regularmente às aulas, escreva ele falta com freqüência às aulas.

9 – Prefira palavras curtas e simples. Os vocábulos longos e pomposos criam uma barreira entre leitor e autor. Fuja deles. Seja simples. Entre duas palavras, prefira a mais curta. Entre duas curtas, a mais expressiva. Casa, residência ou domicílio? Casa.

10 – Opte pela voz ativa. Ela deixa o texto esperto, vigoroso e conciso. A passiva, ao contrário, deixa o desmaiado, sem graça. Compare: Os alunos fizeram a redação. (voz ativa). A redação foi feita pelos alunos. (voz passiva)

11 – Abuse de substantivos e verbos. Seja sovina com adjetivos e advérbios. Eles são os inimigos do estilo enxuto.

12 – Seja conciso. Respeite a paciência do leitor. A frase não deve ter palavras desnecessárias. Por quê? Pela mesma razão que o desenho não deve ter linhas desnecessárias ou a máquina peças desnecessárias.

13 – Revise. Sua redação tem começo, meio e fim? Você defendeu seu ponto de vista? Escreveu parágrafos com tópico frasal e desenvolvimento? Respeitou a correção gramatical? (Redobre os cuidados com a pontuação, a regência, a crase, a concordância. Triplique a atenção com a passiva sintética – do tipo vendem-se carros – com o sujeito posposto ao verbo.)

14 – Avalie. As frases soam bem? Sem cacófatos (por cada, por tão, uma mão, boca dela)? Sem rimas (rigor do calor)? Você começou bem? Terminou melhor? Tenha a certeza: uma vaga da universidade é sua.



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Riscos da navegação na internet para crianças e adolescentes.
10 dicas

Veja abaixo algumas sugestões que podem ajudar a controlar melhor o tipo de conteúdo que crianças têm acesso na internet. Apesar de muito úteis, os especialistas lembram que o diálogo é sempre a melhor maneira de manter seu filho protegido.

1. Estimule seus filhos a compartilharem as experiências deles na internet com você. Navegue
na rede com ele. Conhecer a internet é a melhor forma de ajudar seu filho a evitar as armadilhas. Colocar o computador em uma área movimentada da casa também pode facilitar seu controle sobre o que
ele acessa

2. Ensine seus filhos a confiar em seus instintos. Se algo online os deixa nervosos, eles devem dizer isso a você

3. Se seus filhos visitam salas de bate-papo, utilizam programas de mensagem instantânea, jogos online ou outras atividades na internet que solicitam login e senhas para identificação, ajude-os a escolhê-las e oriente-os para que eles não revelem qualquer informação pessoal

4. Insista para que seus filhos nunca divulguem endereço, número de telefone, escola onde estudam ou qualquer outra informação pessoal. Explique que pessoas mal intencionadas podem utilizar essas informações

5. Ensine seus filhos a diferença entre o que é bom e o que é ruim na internet e compare com situações do mundo real. Mostre para eles que, da mesma forma que na vida real, existem pessoas boas e ruins na rede

6. Mostre aos seus filhos como respeitar os demais online. Certifique-se de que eles saibam que as regras de bom comportamento não mudam somente porque estão em uma máquina

7. Insista para que eles respeitem a propriedade dos outros que estão online. Explique que realizar cópias ilegais do trabalho de outras pessoas (música, vídeos, jogos e outros programas) é roubo

8. Diga aos seus filhos que eles nunca devem marcar um encontro pessoal com amigos virtuais. Explique que os amigos online podem não ser quem dizem que são

9. Ensine a eles que nem tudo o que leem e veem online é verdade. Estimule-os a perguntarem, se não estão seguros da veracidade das coisas na rede

10. Controle a atividade online dos seus filhos com softwares avançados de internet. A proteção infantil pode filtrar conteúdo prejudicial, supervisionar os sites que seu filho visita e averiguar o que ele faz neles. Acima de tudo, oriente-o sempre sobre os perigos da internet . Fonte: ONG SaferNet


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O fosso entre educação e os setores produtivos
“ Destoando-se de todos os sistemas educacionais que são mais produtivos, o ensino médio brasileiro não oferece as oportunidades diversificadas de profissionalização aos mais jovens. Só há uma opção de ensino médio, então, todos que sobrevivem ao funil educacional, são obrigados a se submeterem a uma lógica de formação exclusiva para o enfrentamento de vestibulares. Não há oferta de formação de profissional para atender a demanda, e a matrícula no ensino técnico não chega a atingir 900 mil alunos no Brasil.” Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com


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Música no Brasil é prisioneira da canção
Debate cultural ignora contribuição da produção contemporânea erudita

"Se você perguntar a um intelectual brasileiro quais são seus artistas preferidos, ele responderá: Guimarães Rosa, Joyce, Kafka, Volpi, Bergman, Glauber Rocha, Caetano e Chico. Nem Villa-Lobos ou Stravinsky vão passar pela cabeça dele. A música erudita de nosso tempo não existe para a classe culta brasileira." Esse diagnóstico preciso foi fornecido pelo compositor Gilberto Mendes.
Ele indicava uma estranha ausência no "sistema nacional das artes": a ausência de debate e interesse pela produção musical das últimas décadas.
Haverá céticos que dirão que temos uma música popular que é estudada em universidades. Música que levou maestros como Kurt Mansur a dizer que não precisamos de clássicos e contemporâneos porque temos boa produção popular.
Não se trata de reeditar aqui uma querela bizantina entre música popular e erudita, mas é inegável que algo acontece quando um país é incapaz de ver, em uma música que não seja a popular, um momento fundamental de sua reflexão cultural. Da mesma forma que algo de peculiar aconteceria se um país reduzisse seu sistema literário à produção de crônicas.
VLADIMIR SAFATLE é professor do departamento de filosofia da USP FSP  23/10


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“Se no final do século XIX foi marcado pelo niilismo, ou descrença, os últimos anos do século XX e início do XXI apresenta-se como característica o narcisismo. Uma sociedade é narcisista quando é mais valorizado o ter que o ser . Quando a busca da notoriedade substitui a da dignidade.”
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O fosso entre educação e os setores produtivos
“ A ciência para se desenvolver precisa de confronto de ideias, de experimentos e de metodologias, da curiosidade cultivada ao extremo, da rebeldia teórica e de muito treinamento e dedicação. Não se forma um verdadeiro cientista em ambientes fechados que se autoreproduzem em função somente de suas demandas e acordos. O resultado disto tudo é a falta de oferta de cérebros para os setores que demandam criatividade, ousadia e espírito empreendedor, tudo que motiva, fortalece e gera riquezas para o País. “ Carlos Henrique Araújo é mestre em Sociologia, Consultor em Educação e ex-diretor do Inep-MEC. E-mail: chfach@gmail.com


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“O objetivo de uma economia não é o ganho, mas sim o bem-estar de toda a população. O crescimento econômico não é um fim, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas. Não importa como chamamos os regimes que buscam essa finalidade. Importa unicamente como e com quais prioridades saberemos combinar as potencialidades do setor público e do setor privado nas nossas economias mistas. Essa é a prioridade política mais importante do século XXI. Segundo Hobsbawn, todos os países do Leste, assim como os do Oeste, devem sair da ortodoxia do crescimento econômico a todo custo e dar mais atenção à equidade social. Os países ex-soviéticos, afirma, ainda não superaram as dificuldades da transição para o novo sistema.” A análise é de Eric J. Hobsbawm, historiador inglês e membro da Academia Britânica de Ciências. Tirado do  texto que foi publicado no jornal La Repubblica, em 09-10-2009

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Necessitando pensar, pensei que é esquisito este costume de viverem os machos apartados das fêmeas. Quando se entendem, quase sempre são levados por motivos que se referem ao sexo. Vem daí talvez a malícia excessiva que há em torno de coisas feitas inocentemente. Dirijo-me a uma senhora, e ela se encolhe e se arrepia toda.
Se não se encolhe nem se arrepia, um sujeito que está de fora jura que há safadeza no caso
.Graciliano Ramos


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“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato
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